O vice-presidente da república e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, assinou uma carta a todos os diretórios do partido nos estados, afirmando que cobrará a unidade do partido no apoio ao governo, e ameaça de expulsão os integrantes peemedebistas que optarem pela oposição. É o caso de Pernambuco!
Jarbas Vasconcelos talvez seja hoje o maior exemplo disso em nível nacional, mesmo estando no PMDB, partido do vice-presidente, faz questão de se posicionar contra, foi inclusive o palanque de José Serra no estado, e em Pernambuco o PMDB acompanha Jarbas.
Michel Temer afirma que não pode existir o partido regionalizado, ele deve ser nacional e ter unidade.
Porém Jacilda Urquiza, membro do diretório estadual, defende que exista o respeito ao posicionamento das minorias no PMDB.
A verdade é que o partido nunca foi único no que defende, e seus quadros também têm vários interesses e formações, onde prevalece os comandos regionais. Desde a ditadura, quando foi o MDB, o bipartidarismo forçou o aceite de líderes das mais castas, de lá pra cá recebeu políticos da esquerda e da direita, virando hoje esse samba do crioulo doido. Atualmente é altamente fisiológico, com sede de poder.
Quando Jarbas Vasconcelos trilha o caminho oposto, fazendo oposição, deve ser ouvido, pois seria mais fácil pular no palanque da situação. Além do mais, o contexto local é altamente desfavorável a pensar em Jarbas apoiando um governo criado por Lula e que tem em Eduardo Campos um dos grandes nomes nacionais.
Acho que ao final, a carta do Temer, não tem o que temer! Mas, como maior nome da sigla partidária, tinha que fazer esta cobrança pública mesmo. É aquela história dos incomodados que se mudem!