Nos foi bem lembrado pelo Antônio Cândido, a passagem do aniversário da Revolução Pernambucana, quando colocamos os holandeses para fora do Brasil. Este ato heróico se tornou a data magna a ser comemorada pelo estado, como símbolo de independência e bravura de nossa gente. É lei, mas não é feriado, foi no último dia 6 de março.
Cândido nos escreve para a FOLHAVOX #7, que sairá na próxima semana sobre o tema.
A Revolução Pernambucana marchou contra o Rei D. João VI, devido a queda econômica e problemas políticos/administrativos da época, e apesar dos revolucionários terem ficado no poder menos de três meses, conseguiram abalar a confiança na construção do império americano sonhado pelo rei, a coroa nunca mais estaria segura de que seus súditos eram imunes à contaminação das idéias responsáveis pela subversão da antiga ordem na Europa (wikipedia).
Em consequência da nossa rebelião perdemos parte do território com o desmembramento da nossa capitania. Alagoas e Rio Grande do Norte, principalmente.
Por isso, aproveitamos para misturar os temas para questionar em nossa enquete sobre o domínio holandês em pernambuco, pois tivemos nomes como Maurício de Nassau (o mais importante dos líderes europeus que passou por aqui) que investiu em arte, arquitetura e transformou Recife. Vejam este texto do wikipedia:
O seu governo está associado ao planejamento urbano do Recife, que o historiador da Arte estadunidense Robert Chester Smith iria considerar "a primeira cidade digna desse nome na América portuguesa", (…) caracterizada pela liberdade de circulação por meio de pontes e de ruas pavimentadas e traçadas geometricamente, mercados e praças bem plantadas. A descrição da vida em Recife nos tempos de Nassau foi feita por cronistas neerlandeses e por frei Manuel Calado.
Para o historiador Charles Boxer foi sobretudo um "administrador de primeira categoria".
Quase 200 anos se passaram de Nassau para a Revolução Pernambucana. E mais 200 anos desta para a atualidade. E aí perguntamos, e se a Holanda tivesse se imposto perante Portugal, o Brasil seria um país melhor?
É claro que é tudo exercício de suposição, mas vale a discussão antropológica.
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