O Estado não vai conceder reajustes salariais nos patamares reivindicados pelos sindicatos de servidores. Se as entidades radicalizarem, o Governo vai à sociedade, inclusive entidades empresariais, pedir apoio para garantir que as contrapartidas para os investimentos estruturadores e o equilíbrio fiscal não sejam ameaçados por demandas salariais. A informação integra documento reservado que a reportagem da Folha de Pernambuco teve acesso e resume a estratégia do Governo para enfrentar as demandas dos sindicatos, que estão inclusive realizando assembléias e passeatas e chegam apresentar pautas que requerem reajustes de 20 e até 30%.
Segundo o documento que o jornal teve acesso, o estado tem de fazer escolhas, e dar o que os sindicatos exigem agora pode colocar em risco as contas em dia e o ritmo dos investimentos.
O texto sublinha que o “contexto econômico nacional e internacional cria clima de insegurança no Governo, de que seja possível dar os reajustes reivindicados pelos sindicatos e cumprir duas diretrizes básicas fixadas por Eduardo: manter o equilíbrio fiscal e Investir pelo menos R$ 1 bilhão no ano em projetos estruturadores”.
Os secretários de Administração e Fazenda (Ricardo Dantas e Paulo Câmara) não confirmam nem desmentem a autenticidade do documento, mas garantem que o governo fará tudo o que for possível para melhorar a remuneração dos servidores.
“Prova do nosso interesse em tratar bem todas as categorias é o cuidado que temos com o equilíbrio das contas. Lembro que o governador Eduardo Campos garantiu a grande conquista do Estado, que é o pagamento, em dia e dentro do mês, de todos os compromissos do estado, inclusive a folha de pessoal. Há muitos anos a gente não vivia isso aqui em Pernambuco e não podemos recuar deste patamar”, diz Ricardo Dantas.
Fonte: Folhape.com.br