quarta-feira, 15 de junho de 2011

Considerações políticas sobre a derrota de Silvino

Não há dúvidas que o ex-prefeito Silvino Duarte até a noite desta terça-feira tinha seu nome citado como favorito na corrida ao Palácio Celso Galvão, mas seu maior obstáculo neste momento não seria outro candidato, mas ter suas contas aprovadas pela câmara de vereadores, as mesmas já anteriormente reprovadas pelo TCE.

Perdendo, como perdeu, seu nome é ficha suja e se torna inelegível.

Na verdade e na prática, o TCE vai se tornando um órgão apenas de fiscalização, e que passa pelo constrangimento de ver câmaras de vereadores de todo o estado desprezar seus pareceres, e votarem privilegiando mais os aspectos políticos e econômicos que propriamente os técnicos/administrativos que motivaram as rejeições.

Em Garanhuns também se viu isto, embora tenha seguido o Tribunal de Contas.

Vê-se claramente que de fato o prefeito Luís Carlos não participou do processo, deixando seus vereadores votarem livremente, como aconteceu com Dimas e Marcelo, aliás, vamos ao posicionamento da edilidade garanhuense:

Votaram pela aprovação: Dimas Carvalho, Sivaldo Albino, Silvio Sabino, Zaqueu Lins, Zé de Vilaço e Marcelo Marçal.

Votaram contra: Ari Júnior, Gersinho Filho, Capitão Lucena e Professor Natalício. 

O vereador Júnior Negão sumiu, o que no meu entender, é a pior posição para quem é um representante popular, a omissão.

Vê-se também que vereadores ligados a Zé da Luz votaram com Silvino, como Zaqueu, Sílvio e Zé de Vilaço. Já Ari Junior e Gersinho, que apoiam o nome de Izaías Régis, votaram pela confirmação da rejeição, e por isso observamos um lance no xadrez político para buscar barrar a candidatura do ex-prefeito.

É claro que Silvino está mais próximo de Zé da Luz que de Izaías, até pela última campanha de prefeito. E Silvino é hoje o principal adversário das forças que compõem o governo estadual. Mas não acredito que tenha havido participação de Recife.

Outra situação vexatória é o argumento de Natalício para votar, quando condiciona seu voto ao voto de outro parlamentar, como se não tivesse posicionamento próprio. Segundo Roberto Almeida, Natalício haveria dito que se Júnior Negão votasse, ele também votaria.

Agora existe a possibilidade de uma nova batalha para Silvino, uma batalha complicada na justiça, como também operou Zé da Luz até a última instância e saiu vitorioso. As condições são outras, mas a justiça brasileira é a mesma.

Há de se observar agora os passos de Silvino, que pode continuar com seu nome na rua enquanto amarga o entrave jurídico. Pode também buscar alternativas entre vários nomes, mas principalmente Sivaldo ou mesmo Zé da Luz. Sua esposa, Aurora Cristina, é seu trunfo.

Por outro lado, a rejeição de Silvino mostra a força de Izaías, que pode aos poucos se tornar um candidato natural, inclusive com o apoio do prefeito. Izaías é deputado, tem um grupo político e quer ser candidato, tem dito isto com frequência e seu nome tem crescido nas ruas, mas precisa trabalhar a sua rejeição que é muito alta.

Mas, também, muita gente, gostaria de aproveitar o momento onde as lideranças políticas de Garanhuns estão sendo discutidas, para que pudesse surgir um novo nome, dinâmico, e com potencial de vencer as eleições e modificar o status quo da administração de Garanhuns, impondo uma nova filosofia jovem, democrática e voltada ao desenvolvimento.

Os bastidores políticos de Garanhuns estão fervendo, e depois de ontem, estão colocando mais lenha no fogo.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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