Na verdade a figura política de Armando Monteiro caminha com naturalidade nos dois lados da política pernambucana. Filho de Armando Monteiro, um usineiro com perfil socialista, Armando tem boa interlocução com vários grupos políticos. Portanto, mesmo aliado a Lula e Eduardo, Armando tem essa linha de interseção.
Armando Monteiro foi deputado federal aliado a Jarbas, e um dos mentores da criação do GI, grupo independente, que rompeu com o PMDB/PSDB/PFL e gerou uma terceira via em Pernambuco, que acabou aliada a Eduardo Campos.
Armando também foi presidente da Confederação Nacional das Indústrias, onde ainda tem muita influência.
A sua capacidade de aglutinar os dois lados da política pernambucana acabou o beneficiando na campanha de senador, sendo o mais votado, pois o eleitor da esquerda fez a dobradinha de Armando com Humberto, e o da direita votou em Armando junto com Marco Maciel.
O senador agora roda Pernambuco em pré-campanha para o governo do estado, e já não espera por Eduardo Campos. Das duas uma, ou o atual governador deu esta autorização, como é de prache, mandando seus aliados fortalecerem seus nomes junto ao eleitorado, ou Armando percebeu que não é o candidato de Eduardo, e resolveu se virar enquanto é cedo.
Assim, Armando já anda conversando com setores do outro lado, como o deputado Mendonça Filho do DEM e Sérgio Guerra, do PSDB.
A candidatura cada vez mais natural de Armando pode exigir o nome de Izaías em Garanhuns, mesmo que este não tenha diretamente o apoio do governador.
Armando candidato, traz nomes que hoje fazem parte do governo estadual e pode ser uma opção para a oposição estadual, que ainda não tem o nome para subir no palanque.
Resta saber como ficam os outros nomes que também estão de olho na cadeira de Eduardo.