Parece-me que o encontro de sábado que visava impactar a população a entrar na mobilização de repúdio à entrada do prefeito de Lajedo (e de qualquer outro município) Antônio João, acabou sendo um tiro que saiu pela culatra.
Considero um erro estratégico sob dois pontos de vista.
Como houve um recuo no PSB no lançamento da pré-candidatura do lajedense, Garanhuns poderia ter dado uma trégua, e aguardado os próximos passos. A mobilização poderia ter avançado, mas sem ter ido à praça. Precisaria primeiro solidificar a presença dos partidos, lideranças políticas e entidades sociais.
Creio que até depois do carnaval a movimentação dos bastidores deverá aumentar, mas não deverá se definir nada, pois logo vem dezembro, depois férias, carnaval e no Brasil, o ano só começa depois das festas de Momo.
Como já havia dado seu recado, o movimento deveria ter aguardado o novo posicionamento adversário, que neste caso já havia sentido o golpe e reavaliado a inserção na cidade.
O segundo ponto é a mobilização em si. Buscou-se atrair a população. Desde o início, os primeiros encontros, o repúdio foi feito por partidos e entidades representativas da sociedade organizada. Eles falam pela cidade, são políticos eleitos pela vontade do povo, e as várias associações, sindicatos, clubes de serviços, etc, também carregam a responsabilidade de falar pela população, cada um na sua área.
O resultado de sábado todos já sabem. Alguns personagens políticos não se fizeram presentes, e a população, não se sentiu motivado para ir a praça gritar contra a invasão.
Porém isto não quer dizer que a população aprove a imposição de um nome no processo político local. O que aconteceu foi o erro na mobilização por algo que nossa gente não se sentiu motivada.
Portanto não tivemos um sim nem um não. O que tivemos foi que em pleno sábado pela manhã o povo disse -"Eu tenho mais o que fazer".
Um terceiro erro, e este perigoso, foi o prefeito estar fechando a porta para o governador, pois se o candidato não for Antônio João Dourado, pode ficar difícil Eduardo querer compor com Luís a partir de agora.
...E o nome pode ser outro? O próprio PSB deu claros sinais nos últimos dias que pode sim. Mas, tudo, tudo mesmo, ficará em banho-maria, aguardando um novo ambiente em 2012.
Calma!
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