A Tropicana agora também faz parte da Sociedade dos Forrozeiros Pé-de-Serra e aí, presidida por tereza Acioly, viúva do grande Accioly Neto.
A Sociedade existe desde 2005, garantindo o acesso da comunidade aos meios de fruição, produção e formação. Com o projeto Pé de Serra, vinculado ao Ponto de Cultura, busca-se a qualificação de artistas populares e empreendedores de cultura nordestina, com enfoque no xote, baião, xaxado, forró pé-de-serra.
O projeto é de formação e informação para novos e antigos forrozeiros, além de inserção de novos talentos no mercado cultural, preservando a memória e a história da cultura popular. São oferecidas oficinas de formação continuada em sanfona, percussão (zabumba, pandeiro e triângulo) e confecção de instrumentos, além de programação gratuita – com apresentações artísticas, workshops e palestras – visando à formação de platéia.
O nome tem um quê de “arretado”: Sociedade dos Forrozeiros Pé de Serra e Ai!, assim mesmo, com exclamação no fim. Santanna “O Cantador”, explica que “e ai!” é uma expressão da alma nordestina. “Por exemplo: se uma pessoa diz para a outra que ela não deve ir a um show, a outra responde ‘Eu vou e ai!’, ou seja, ‘Eu vou, sim, e pronto!’”, esclarece.
A sociedade conta hoje com dezenas de músicos e compositores. “O intuito da sociedade é gerenciar o forró pé de serra, sem deixar que ele perca sua identidade cultural, fazendo com que os forrozeiros se capacitem da melhor maneira possível para fazer música de qualidade”, diz Santanna, preocupado com a descaracterização do gênero musical com a proliferação das músicas eletrônicas, baseadas nos sons dos teclados e guitarras.
A sociedade nasceu de um manifesto escrito pelo compositor e poeta pernambucano Xico Bezerra que, segundo o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, tem trabalhos influenciados pela obra de Luiz Gonzaga, que batizou o gênero musical como forró pé de serra por ter nascido no pé da Serra do Araripe, em Pernambuco.
Segundo Xico Bizerra, tudo começou de forma bastante empírica. “A gente se reunia para conversar aqui e acolá, trocando idéias do que deveria ser, até que em 2005 ela foi constituída por direito”. A Sociedade dos Forrozeiros Pé de Serra e Ai é uma Organização Não Governamental que tem como principal objetivo “gerenciar o forró” e repassar informação de gestão para os músicos e compositores.
“Até alguns anos ninguém sabia o que era um home list ou uma proposta de negociação, era uma coisa muito solta”, conta Xico. Já organizados nesse ponto, eles começam a ganhar noções maiores de uma cadeia produtiva do forró pé-de-serra através de cursos e parcerias. “Pretendemos também dar curso de zabumba e triangulo, já tivemos um de canto”, garante. Formação que nunca fez parte da história do compositor.
Nomes como Petrúcio Amorim e Santanna fazem parte de um time da sociedade que cresce a cada dia com a chegada de novos artistas.
A gestora da Associação é Tereza Acioly, viúva do cantor e compositor Acioly Neto, que deixou grandes sucessos como Mensageiro Beija-Flor, Mel e Aveloz, Espumas ao Vento e o novo grande sucesso, A Natureza das Coisas, que diz em sua letra que pra ir mais longe tem que suar, Se avexe não!
O público entoa Oh! xa lalalala, e a sociedade faz o povo cantar as coisas da nossa terra.
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