Professor da Rede Pública, e de Ciências Políticas, inclusive fui seu aluno na FDG-AESGA, Rafael Brasil, filho do ex-prefeito de Caetés, que tem mesmo nome, faz parte há anos do grupo de resistência ao clã de Zé da Luz na cidade vizinha, e durante todo este tempo fez críticas contundentes à atuação do ex-prefeito de lá que veio disputar em Garanhuns.
Agora, em mais uma análise, Rafael explica que a classe média de nossa cidade derrotou o projeto do ex-prefeito de Caetés. Confira:
Nunca, ao que sabemos, a política de Garanhuns foi tão vinculada a de Caetés. O senhor José Luiz Sampaio, pretenso oligarca permanente de Caetés, quis entrar na política regional. Primeiro como candidato a deputado, depois como candidato a prefeito de Garanhuns. A base política dele sempre foi o que chamamos de lumpesinato, (os pobres e miseráveis, que vivem a nível de subsistência) e em Caetés, as parcelas mais miseráveis da população do campo.
Ele trouxe sua política clientelista de Caetés para a periferia de Garanhuns, também miserável.
Perdeu para a classe média, pois , sendo esta mais esclarecida e majoritária, e sabendo dos horrores de sua administração da pobre Caetés, não votou nele. Em outras palavras, sua nefasta prática política e administrativa em Caetés foi fundamental para a sua derrota em Garanhuns. Claro, a competência da classe política em se unir, para evitar sua possível vitória na cidade, foi de fundamental importância, mas o processo de desconstrução de sua candidatura partiu do mau exemplo da pequena Caetés. Bem feito. Ele colheu o que plantou.
Neste sentido, minha análise estava correta. Sua derrota foi selada com a desistência de Silvino, que dividia com Izaías o voto da classe média. Como a maioria do povo da cidade é, pelo menos ideologicamente falando, de classe média, sua derrota era certa. Só faltou confirmar.