A presidente Dilma Rousseff foi muito vaiada momentos antes do início da abertura da Copa das Confederações. Anunciada pelo alto-falante do estádio, ela fez caras de poucos amigos e limitou-se a dizer uma única frase no microfone, enquanto Joseph Blatter, presidente da Fifa, deu uma bronca na torcida pelo comportamento. "Por favor, onde está o fair play de vocês", disse o cartola, visivelmente constrangido com a situação. Bletter cobrou respeito à torcida. Dilma, por sua vez, foi sucinta e ignorou os protestos. "Declaro oficialmente aberta a Copa das Confederações 2013", disse ela, atropelando as vaias.
O momento embaraçoso repete uma outra história polêmica do país em grandes competições. Em 2007, na cerimônia que abriu o Pan do Rio de Janeiro, Lula estava no Maracanã e foi vaiado em todas as vezes que apareceu no estádio ou foi citado. Até por isso, ele quebrou o protocolo e não fez o pronunciamento tradicional de abertura.
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AGORA COMIGO: Olhando agora a pouco o facebook senti uma certa rejeição dos internautas às vaias que os brasilienses deram na presidente Dilma Roussef (presidente, mesmo. O português é democrático e a gente usa o termo que quiser).
Levando em conta estas vaias podemos definir alguns comportamentos. Os primeiros são os que não estão nem aí, não sabem o que aconteceu e vida que segue.
Há os que concordam com as vaias, pois estão politicamente recriminando os gastos com a Copa e a Olimpíada no Brasil, sempre acreditando que esta dinheirama toda poderia ir para a educação e a saúde.
Mas há os que não gostaram das vaias, e estes por dois motivos. Uns acham que ela merece, mas não era o momento. O mundo estava vendo e mais uma vez passamos uma imagem de falta de educação, de um povo que desrespeita suas instituições e autoridades. Somado à bagunça fora do estádio com violência e tudo mais, deve ter assustado muita gente que pensa em vir para a Copa no próximo ano.
E por fim, há os que apoiam os investimentos, que acreditam ser salutar para o Brasil ter melhores palcos para o principal esporte do país. Casas imponentes que dêem condições aos atletas e conforto à torcida. E mais, que é importante para concretizar o bom momento internacional que vive o país, mostrando que somos capazes de fazer o que fizeram França, Estados Unidos, Japão, México e a África do Sul recentemente, realizar uma Copa do Mundo.
Acho que a resposta para quem está insatisfeito pode ser dado no próximo ano, e não expondo a nação em rede mundial.
E aos que lembram do país antes de Dilma e Lula, deve ter assustado também. Pois mostra que vai ter uma intensa campanha da grande mídia e do poder concentrado do sudeste do país para a retomada do poder.
Os opositores a presidente devem ter adorado, pois pode haver uma repercussão e continuidade na queda de sua aprovação popular, já verificada na última pesquisa com a perda de sete pontos percentuais.
Com essas coisas, aumenta significativamente as oportunidades de Eduardo Campos entrar no jogo. Não das confederações, mas da Federação mesmo!