Tenho visto nas redes sociais e nos blogs inúmeras manifestações a favor da reabertura da Faculdade de Medicina de Garanhuns – FAMEG. E me parece que começa a tomar corpo, e o amigo Calvino Brasil é um de seus entusiastas, a ideia de se fazer uma manifestação de rua por esta nobre causa. Eu gostaria de dar uma sugestão.
Embora a FAMEG seja de uma importância fundamental para Garanhuns, ela não é uma causa de grande apelo popular, pois a maioria da população sabe que seus filhos dificilmente conseguirão estudar lá e não enxergam os benefícios diretos e indiretos que a cidade pode aferir com sua reabertura.
Por isso que ao invés de uma mobilização de massa, acredito mais na elaboração de um manifesto bem redigido (soube que a CDL já está fazendo), assinado pelos presidentes (ou cargo equivalente) da maior quantidade de entidades representativas possível, quem sabe umas duzentas: Câmara de Vereadores, Lions, Rotary, Maçonarias, escolas estaduais, escolas municipais, AESGA, UFRPE/UAG, UPE, CDL, Lar da Criança Stª Maria, Diocese de Garanhuns, Igrejas Evangélicas, associações comunitárias e rurais, etc. Vale lembrar que somente escolas municipais, salvo engano nós temos 68.
Alguma entidade precisa prover a logística. Carro e motorista para sair colhendo as assinaturas.
Tais entidades estariam representando praticamente 100% da população sem termos tanto trabalho com organização de uma mobilização, sob pena de levarmos pouca gente às ruas. Dessa forma nós tornamos a coisa mais objetiva e um manifesto com 200 assinaturas tem um peso maior que um pequeno protesto de rua.
A partir daí, quando da visita das autoridades ao FIG, ou em outra ocasião, uma comissão de representantes do movimento faria uma entrega de cópia autenticada do abaixo-assinado a cada um deles: Eduardo Campos, Armando Monteiro, Humberto Costa, Fernando Ferro, etc. E alguma entidade local ficaria responsável por cobrar da assessoria do político uma resposta. Isso deve ser feito quinzenalmente, porque senão é mais um pedido a ser engavetado.
Já assessorei alguns políticos, e sei que se não for feita uma cobrança sistemática a coisa não anda. Dizia a saudosa deputada Cristina Tavares que político só trabalha sob pressão. É a mais pura verdade. Fora disso, o que se vê são abraços, tapinhas nas costas, promessas, declarações de amor eterno à cidade, quase sempre regados a muitas doses de whisky - com resultado zero!
E se o próprio Governador não marcar audiência com o Ministro da Educação e retomar essa causa, não tenho muita esperança, porque o lobby contrário é fortíssimo. Tem uma imensa força junto ao 1º e 2º escalões do MEC. É uma luta de gigantes por mercado. Por dinheiro.
Apenas uma sugestão.
Alexandre Marinho