Embora seja um assunto íntimo para a família, o túmulo de Dominguinhos ganhou aspecto público a partir do momento que o próprio prefeito tomou a iniciativa de construir no Cemitério São Miguel o túmulo que receberá o nosso conterrâneo.
O local escolhido é próximo de onde está enterrado Augusto Calheiros, que precisa ter sua memória resgatada para a juventude, assim como outros ícones da nossa cultura e da nossa história.
Garanhuns deve colocar Dominguinhos em um túmulo simples, porém bonito, sem luxo ou demonstrativo de riqueza, pois não era assim o sanfoneiro. Assim como o violão que orna o túmulo de Calheiros, o de Dominguinhos deve ter sua sanfona, e sobre ela, o seu chapéu de couro. Mas não aquele com o qual se apresentava Luiz Gonzaga, tem que ser aquele simples, redondinho, como o rosto alegre de Neném. Um dos nossos artistas, talvez Veríssimo, poderia criar esta arte!
Escrito no túmulo, a letra de uma canção: "De volta pro Aconchego", com ênfase no verso -"Estou nos braços da paz!".
Trago esta sugestão para que não caiam na tentação de querer dar ao Mestre um tratamento que ele mesmo recusaria. Faça-se um túmulo respeitoso, que não precisa ser um monumento para visitação turística.
O túmulo de Dominguinhos tem que explicar o porquê dele querer ser enterrado aqui. Vida e obra se misturam, e cabe entender a beleza da simplicidade com a elegância de sua música! Ele queria estar em sua terra e ser tratado com o carinho com o qual se acostumou em suas passagens por Garanhuns.
PS. Não gostei da foto de Izaías Régis no cemitério, acho que não é momento para isto.