quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Ministro da Integração terá reunião com Dilma para entregar cargo



O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PSB), deverá se encontrar com a presidente Dilma Rousseff na tarde desta quinta-feira (19) para conversar sobre a entrega de seu cargo.

Cerca de uma semana após o PT aumentar a pressão para que o PSB entregasse os cargos que ocupa no governo federal, o presidente da sigla, Eduardo Campos (PSB-PE), anunciou a saída hoje.

Bezerra, que faria também hoje uma cirurgia no olho direito, desmarcou a operação para participar da reunião do partido em Brasília.

Defensor da aliança entre PT e PSB, no entanto, o ministro resolveu seguir a orientação de seu partido.


À tarde foi para o ministério, onde aguardava até o início da noite ser chamado pela presidente Dilma. Ele fez questão de se despedir pessoalmente dela. Bezerra pretende ficar no cargo até que seu substituto assuma a vaga.

Quando a relação entre PT e PSB começou a azedar, Bezerra tornou-se o principal companheiro de viagens de Dilma. A presidente demonstrava afeição pelo pernambucano de Petrolina em temas extraoficiais.

Nesta noite, a assessoria do ministro publicou um texto de despedida nas redes sociais de Bezerra.

"Só tenho a dizer que fiquei muito honrado em ter recebido a confiança do partido e o apoio da presidenta Dilma Rousseff para servir ao Brasil como ministro da Integração Nacional", afirmou o ministro no texto.

"Ter ficado a frente do Ministério da Integração Nacional foi uma experiência de muito trabalho e de muita dedicação", afirmou.

No ministério, Fernando Bezerra comandou uma das principais obras do governo federal, a transposição do rio São Francisco, e enfrentou uma série de desastres naturais, como fortes chuvas no Rio de Janeiro e a maior seca dos últimos 50 anos no Nordeste.

O ministro já apresentou seu nome ao PSB para disputar o governo de Pernambuco, mas não tem qualquer garantia nesse sentido do governador Eduardo Campos.

Em 2010, Fernando Bezerra quis concorrer ao Senado, mas não recebeu o aval de Campos.

Em 2012, para pressionar o PT, obedeceu o governador e mudou seu domicílio eleitoral para o Recife, mas não foi escolhido para disputar a prefeitura da capital.

O ministro já foi prefeito de Petrolina, deputado estadual e federal e secretário de Campos. Já passou por quatro partidos (PDS, PFL, PMDB e PPS) em sua trajetória, além do PSB.



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