Em todos os lugares, nas rodas de conversas ou nas redes sociais, as pessoas estão entre a incredulidade e a tristeza pela morte de Eduardo Campos. Olhos na TV e na internet buscando mais informações, como a presença ou não de Renata Campos no acidente.
O país entrou em crise. Pernambuco está atônito. Parece não ser verdade.
Eduardo Campos se transformou no maior líder político da história pós-Arraes, seu avô, que o ensinou a fazer política perto do povo.
Seus adversários estavam com ele até recentemente, mas juntos, ajudaram Pernambuco a se transformar. Sob sua liderança, pulso firme, Eduardo ofertou um novo estado para a região, e com o apoio de Lula, temos um estado com novas perspectivas. Eduardo fez uma administração baseada em metas, estatísticas e cobranças de secretários para melhoria do estado. Suas reuniões de monitoramento tinham sempre o propósito de acompanhar o andamento da administração, tendo controle sobre tudo. Deu resultado.
De Pernambuco, pela alta aprovação popular, Eduardo alçou voo, e tinha dez por cento da preferência dos eleitores para ser Presidente da República. Elogiava Lula e criticava Dilma, afirmando que o Brasil já não avançava mais como na época do ex-presidente. Rompeu e criou seu próprio projeto. Com 50 anos, tinha muita história ainda pela frente, quem sabe, se nesta eleição ou no futuro, pudesse dirigir o país. Ficará sempre a indagação.
Eduardo Campos era presente.
Conhecia as pessoas, as cidades, as ruas e as histórias. Seu discurso unia conteúdo e emoção, tinha sempre a magia da palavra, por isto muita gente apostava nos debates e no guia de TV para ele virar o jogo.
No nascimento do quinto filho, deu um exemplo a todos, aceitando de imediato a condição de Down de Miguel, seu filhinho. Seus irmãozinhos disseram: "Não tinha outra família para ele nascer".
Sempre tivemos esta visão de uma família unida, Eduardo, Renata, Filhos, Ana Arraes, irmãos, tios, a exemplo de Guel Arraes, etc.
Pernambuco está chorando!
Pernambuco está chorando!