Um jovem de 20 anos, forjado na luta, aprendiz de um dos maiores políticos da história recente do país, está atraindo os olhares e a admiração do povo por onde passa. Seu nome, João, herdeiro político natural de Eduardo Campos.
Sua importância e capacidade política foram colocadas à prova em diversas cidades do estado por onde tem passado, circunstâncias e palanques diferentes, e não decepcionou, muito pelo contrário, surpreendeu até a quem já o conhecia.
João Campos acabou sendo protagonista de uma série de visitas a cidades do Agreste Meridional, que começou na sexta-feira, em uma grandiosa manifestação popular em Caetés, e que se estende até esta segunda-feira, em São João, caminhando entre os feirantes.
Neste domingo, três ou quatro municípios recebem o Filho da Esperança. Às 09h, recebe o título de Cidadão de Palmeirina, no lugar do pai.
Neste sábado, em Brejão, com praça lotada (há quem diga que tinha mais gente que na caminhada de Armando em Garanhuns), João Campos foi o último a falar, depois de lideranças municipais, candidatos da deputado, e até do candidato a vice-governador, Raul Henry. João ouviu atentamente duas pessoas que conheceu de dentro de casa: Tadeu Alencar e Sandoval Cadengue.
Emocionado, o filho de Eduardo não escondeu os sentimentos. Disse que cresceu vendo o pai falar bem de Garanhuns, Brejão e o Agreste Meridional, onde sempre estava presente, com seus amigos.
Antes disso, falando dessas relações, Tadeu Alencar disse que sempre ouvia Eduardo contar as histórias de Miguel Arraes e Josa Preto, e de sua amizade com Sandoval Cadengue. E pensava: "Como são importantes estas amizades que vão além da política. Pensava em fazer parte de algo grandioso assim". E acabou fazendo.
Este sentimento foi trazido ao discurso pelo filho de Eduardo já em suas primeiras palavras, após os cumprimentos de praxe, disse João: "Vocês acham que esqueci de citar duas pessoas. Mas não esqueci não. Quero falar que estes dois amigos são irmãos de meu pai que a vida lhe deu: Tadeu Alencar e Sandoval Cadengue".
Com discurso firme, o menino mostrou-se vocacionado para a batalha: "Na política, nem sempre estamos por cima. Mas meu pai dizia que precisamos ter lado. O lado do meu pai era o lado do povo, era o lado de Miguel Arraes, de Josa Preto, e aqui em Brejão sempre será o lado de Sandoval. Por isto Sandoval, sempre estarei do seu lado". - A muldidão fazia coro, em determinados momentos antecipando 2016.
"Meu pai também me ensinou que precisamos ter um time. Precisamos de gente honesta e competente para trabalhar pelo povo. Assim ele escalou a equipe que administrou Pernambuco junto com ele. E aqui tem um desses craques, que muitas vezes fez o trabalho, fez a jogada completa para que meu pai marcasse o gol, um dos irmãos que meu pai escolheu: Tadeu Alencar".
Chefe da Casa Civil, o ex-secretário era o braço direito de Eduardo na administração estadual, e muitos dos investimentos na região passaram por seu gabinete, definindo recursos, obras, recebendo as lideranças regionais, prefeitos, vereadores. Sandoval já havia lembrado as barragens, casas populares, novas praças, Distrito Industrial, Samu, todos em Brejão, sem contar outras obras que melhoraram a vida da população.
"Querem homenagear meu pai? A melhor forma é continuar seu trabalho, com sua equipe, com as pessoas que ele confiava para administrar Pernambuco" - Disse perto do final dos seus mais de 20 minutos de discurso, o jovem João Campos. "No dia 05 de outubro, façam como meu pai faria. Levantem cedo. Juntem a família. Tomem um café reforçado. Vistam uma camisa amarela. Vão para a rua, votem, levem as crianças, ensinem o prazer da democracia. E depois participem da grande festa de Pernambuco com a vitória de Paulo, Raul, Fernando e Marina."
Já vi e ouvi gente boa de discurso. O próprio Eduardo Campos e o ex-presidente Lula. Ambos tinham conteúdo e a emoção na fala. Em Garanhuns, gostava de José Cardoso. Mas creio que estamos diante de um futuro líder, esse menino João Campos, chamou a responsabilidade, e assumiu o legado. "Enquanto o povo estiver nas ruas, a bandeira do meu pai nunca estará à meio-mastro"!. - Disse com centenas de câmeras e celulares registrando em Brejão a passagem do menino João.
"Meu pai se transformou naquilo que defendia. Um ideal a ser seguido. Ele deixou o caminho, o sentido, o farol" - Disse João, sem medo de dar seus passos na mesma direção.
"Meu pai se transformou naquilo que defendia. Um ideal a ser seguido. Ele deixou o caminho, o sentido, o farol" - Disse João, sem medo de dar seus passos na mesma direção.