Com o andamento do segundo turno da eleição presidencial, as forças vão se posicionando, e com o espaço governista federal ocupado pelo PT, e a oposição escolhida pela aproximação do PSB a Aécio, coerente com a ruptura de Eduardo com Dilma, aguardou-se que o PTB fosse em peso para Dilma, pela forma como a presidente foi usada na campanha trabalhista no estado, e principalmente o ex-presidente Lula. Mas não será fácil assim.
Lideranças que estavam agrupadas na coligação que apoiavam Armando já buscam seus espaços. Noticiamos aqui que o deputado federal Paulo Rubem assume a coordenação da campanha pernambucana de Dilma nas internet, principalmente nas mídias sociais.
Até a ala petista que aderiu à Frente Popular segue com Dilma.
E curiosamente a maior dificuldade será justamente no ninho do PTB, que segundo o Jornal do Commercio da edição deste sábado, em pequena nota na coluna política, afirma que a legenda está dividida no estado. O maior líder, Armando Monteiro, vai para Dilma, claro, mas não domina o partido, que se divide, e parte dele vai para Aécio. Explica-se, o PTB tem perfil mais próximo da defesa da economia do PSDB, divergente do PT. Muitas vezes apontamos este paradoxo aqui na união estadual.
O PTB nacional já está com Aécio desde o primeiro turno, e o não alinhamento de Armando e parte de seu grupo, coloca-o na contra-mão do próprio partido. Isto pode enfraquecer o senador, que não consegue dominar nem a sigla que comanda no estado.
Entretanto, não duvidem, se Aécio for presidente, é muito provável que o senador, em um breve futuro, deixe a união com o PT e esteja na linha de frente da defesa de um provável futuro governo. A coligação em Pernambuco foi circunstancial. E o PTB tem mais perfil de uma aliança de centro-direita, curiosamente um espaço ocupado pelo PSB em nível nacional.