Causou impacto a acusação de Dilma Roussef sobre Aécio Neves, revelando que o ex-governador de Minas Gerais contabilizou como gastos da saúde, "vacinas para cavalos". Contundo, a FUNED - Fundação de Saúde Ezequiel Dias, do Governo de Minas, divulgou nota na qual explica este investimento, e que o próprio Governo Federal, através do Ministério da Saúde, sabia, já que é parceiro nas pesquisas que utilizam cavalos para gerar soros para humanos contra venenos de animais peçonhentos.
O jornalista Felipe Moura Brasil foi a fundo na questão e traz em sua coluna a explicação geral, e acusa o marketeiro João Santana, de Dilma, de criar a polêmica onde não existe. O relatório da saúde de Minas a que ele se refere é de 2005, sobre 2004, portanto há dez anos, e nem a acusação de desvio de bilhões existe, já que tudo foi aprovado pelo Tribunal de Contas por unanimidade, e nem poderia mais ser motivo de polêmicas em debate.
VACINAS DE CAVALOS:
Acusou Dilma: “É duro engolir que vacina para cavalo seja contabilizada como gasto em saúde.”
A frase está na página 14 da ata da sessão de 30 de junho de 2005 para apreciação do Balanço Geral do Estado referente ao exercício de 2004. Sylo Costa foi o relator. O documento está aqui.
João Santana foi longe para buscar esse ataque contra Aécio. E obviamente não se importou com os fatos e o contexto, porque investir na confusão é o seu trabalho, segundo o jornalista.
Mas a verdade é a seguinte:
O governo de Minas mantém uma fazenda experimental, onde são criados 129 equinos. Neles, é inoculado veneno de animais peçonhentos para a produção de soro para seres humanos, o que é feito pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), a fábrica de remédios do governo de Minas, em parceria com o Ministério da Saúde.
Que sem as vacinas para cavalos a produção do soro fica comprometida, não resta dúvida, prejudicando as pessoas que precisam do antídoto.
Até a discussão se o gasto deveria ser contabilizado na saúde, ou outra área, não é do Ministério da Saúde, é do próprio tribunal, que levantou a questão, mas aprovou pelo objetivo final do investimento público. Quem levantou a questão, repito, foi um conselheiro, não um especialista da área médica. Para ele, que dirá para os telespectadores do debate da Record, soou estranha a inclusão de vacina de animais naquela pasta. Desonestidade intelectual é tirar a frase do contexto de uma discussão local sem maiores consequências para atirá-la contra um adversário para fins eleitoreiros.
Segundo Felipe Moura, a colocação da presidente, especialmente perversa com os pacientes que precisam de soro em todo o Brasil, foi feita para dar a impressão de que Aécio fazia gastos supérfluos em seu governo, ou mesmo de que desviava o dinheiro público, como fazem os petistas na Petrobras, incluindo o sr. Vaccari, que Dilma nomeou e mantém no cargo em Itaipu Binacional mesmo após as denúncias de corrupção, que ela mesma já reconheceu.
Enquanto isto, nas redes sociais, a acusação indevida cresce no compartilhamento dos desavisados.
fonte: Blog Felipe Moura Brasil