O Governo da Continuidade
Você já conhece os futuros secretários de Pernambuco, que auxiliarão Paulo Câmara no Governo do Estado (Relembre aqui). A relação final gerou algumas insatisfações, principalmente no futuro senador Fernando Bezerra, que divulgou nota se queixando de não ter sido consultado, e do atual governador, João Lyra. Ambos esperavam ter maior participação na formação do time.
Curiosamente, tanto João Lyra quanto FBC eram nomes fortes para encabeçar a chapa, antes de Eduardo Campos apontar para Paulo Câmara, como um nome técnico que daria continuidade ao seu modelo de gestão implantado no estado e que resultou num crescimento vertiginoso. Há quem lhes atribua até a ideia de substituir Câmara logo após a morte de Eduardo. Provavelmente a ferida ainda não cicatrizou. A queixa de FBC foi referente ao fato de não ter sido ouvido, e João ainda atribui a um equívoco a escolha de Câmara para o governo, devido a sua inexperiência política.
CONTINUIDADE: O secretariado de Paulo aponta principalmente para duas vertentes, a de promover nomes técnicos, advindos da própria administração pública e do Tribunal de Contas, e políticos ligados fielmente ao grupo de Eduardo Campos, inclusive ampliando com representantes de partidos que compõem a nova Frente Popular, abrindo espaços até em Brasília. Um governo no melhor estilo Eduardista.
Com seu secretariado, Paulo banca a continuidade com a sua cara. E terá que mostrar habilidade política para liderar e manter unida a Frente Popular, até mesmo internamente, no PSB, superando os traumas eleitorais.
Diz-se que terá dois subgrupos fortes na gestão, um sob a liderança de Antônio Figueira e outro com Danilo Cabral, e ainda a presença de Geraldo Júlio, prefeito do Recife. Mas não há de se negar, que estes nomes já eram muito fortes com Eduardo Campos, portanto segue a continuidade defendida na campanha.