Em um momento se lê em algum lugar que Fernando Bezerra, senador do PSB, planeja sair do partido e encabeçar uma nova frente no estado que lhe possa dar suporte para disputar o governo. Portas como o PT e o PMDB se abririam, mas a legislação só o deixaria ir a um partido novo, por isto o caminho seria o PL (que pode ser um natimorto), de Gilberto Kassab, Ministro de Dilma, de quem FBC quer se aproximar.
Em outro instante, lê-se que Fernando quer a presidência nacional do PSB, substituindo Carlos Siqueira, atual presidente.
Ousado e persistente, parece que Fernando quer mais, muito mais. Quer mais visibilidade, quer mais força... E para isto tem estado em todos os lugares, em uma agenda fértil em Pernambuco, inclusive no interior do estado, e em Brasília, onde já toma posicionamentos e decisões que agradam o governo federal.
Parece que Fernando, neste momento, mostra ao PSB que se não lhe der mais poderes, principalmente em nível federal, pode continuar rugindo e preparando a retirada para montar novo projeto no estado. Não gostou de não ser ouvido na montagem do governo estadual. Recebeu de Paulo o aceno, mas não a participação. O PSB estadual não estica a corda de Fernando.
Paulo Câmara quis dar um freio a estas insinuações para a sucessão no partido, indicando que se deve fortalecer o atual presidente, Siqueira, homem de confiança de Eduardo Campos. "As eleições internas terão seu tempo, aliás, somente em 2017" - Diz Câmara, o atual vice. O PSB do estado sempre esteve unido em torno de Eduardo, haverá de rachar?
Se o PSB for para a base do governo Dilma, como caminha (aos poucos) para isto, FBC já pode considerar uma vitória, pois vem defendendo abertamente esta posição. Deve assumir um papel de articulador no Congresso, e seu filho, homônimo, já assumiu a liderança socialista na Câmara dos Deputados.
Paulo já faz defesas de Dilma, e esteve com Lula, construindo esta ponte.
Paulo já faz defesas de Dilma, e esteve com Lula, construindo esta ponte.
Fernando quer protagonismo, e não vai fazer um mandato de discursos no Senado Federal. Quer chão, estrada, povo e articulação política. Quer ter mais espaços, e vai continuar se mexendo pra isso.