Você ficou sabendo das mais de 150 demissões no Diário de Pernambuco? Se ficou, acredito que tenha sido pela internet, através das redes sociais, sites ou blogs! Se ainda não sabia, está sabendo agora, também por aqui.
Uma nova empresa de comunicação comprou parte das ações dos Diários Associados, que tem empresas em muitos estados, inclusive Pernambuco, com Rádios, TV´s, Portais de Internet e Jornais, dentre eles o Diário, o mais antigo em circulação da América Latina.
O que parecia ser uma boa notícia, pois imaginava-se que poderia investir no setor, tornou-se um drama. Centenas de trabalhadores demitidos, a maioria do jornal.
Ninguém vai defender desemprego, e neste momento a coisa está ruim, pior que outras épocas, com um arrocho que só está começando. O novo grupo investidor preferiu enxugar, economizar, e demitir. Explica-se. O Jornal do Commercio também já fez alguns ajustes, embora não com este trauma.
O novo mundo da informação trouxe o leitor para a internet, onde a notícia é dada em tempo real e interativa. No jornal o leitor é passivo e atrasado, em no mínimo 24h. Uma eternidade para quem consome informação como oxigênio. E olha que a internet ainda está em expansão, literalmente, na palma da mão.
Muitos dos leitores deste post fizeram curso de datilografia, operaram um telex, usaram uma ficha de telefone... A comunicação acompanha os avanços e recursos tecnológicos, e fica cada vez mais difícil manusear um jornal escrito. Se os leitores não estão mais lá, os anunciantes também vão migrar.
Pergunto ao nosso leitor: Quando foi a última vez que compraram um jornal na banca de revistas? Pois é, em todo o mundo jornais não vendem mais o que vendiam nos anos 80 e 90. Alguns já deixaram de circular e vieram exclusivamente para a Grande Rede.
Mas acredito que são tempos de acomodação e leitura contextual, pois os jornais, principalmente os mais tradicionais e que dispunham de melhor estrutura, não vão acabar, mas precisarão diminuir custos e buscar meios de se tornarem atraentes aos leitores. Pode haver convivência harmônica com a internet, televisão, rádio, jornal... Pois depois de um aparecimento aniquilador de cada um deles sobre os outros, todos permaneceram.
Uma alternativa que vejo no momento, e que cresce a passos largos, é a assessoria de imprensa. Jornalistas hoje são indispensáveis na produção de material informativo para instituições públicas e privadas, políticos, artistas, e todos mais que têm algo a dizer à sociedade!
Torcemos que os profissionais dispensados encontrem logo espaço no mercado de trabalho.