Uma reportagem do Jornal do Commercio deste domingo comparou o Governo Brasileiro, e seus gastos, com os europeus, nos momentos de turbulência. A diferença é que no Brasil a crise só afeta a população, enquanto que as autoridades aumentam salários, gastam horrores em obras supérfluas... Sem contar a corrupção desenfreada.
Na passagem de um governo para o outro, com a mesma presidente, o Brasil viu os 39 ministérios continuarem, para servirem de cabide para partidos e lideranças aliadas. É demais, e mesmo com a crise batendo na porta da Esplanada, nada mudou. Dilma cortou R$ 70 bilhões do orçamento, mas não enxugou a máquina. O que foi cortado era investimento, ou seja, recursos que chegariam em ações públicas para a população.
Dilma sancionou a triplicação do Fundo Partidário, que chegou a quase R$ 1 bilhão.
O Governo Federal fechou 2014 com 22.926 cargos comissionados, número absoluto de indicações políticas, sem concurso público. Os dados são do próprio governo, do Ministério do Planejamento.
Eduardo Cunha, que já concedeu passagens de aviões às esposas de deputados, está enfrentando a opinião pública para construir um Shopping Center anexo do Congresso Nacional. Tem sido chamado de ParlaShopping. Custará R$ 1 bilhão, em parceria público-privada.
Renan Calheiros, faminto por cargos no Governo Federal, tem indicado ministros e agora está entrando no segundo escalão. Quanto mais bate no governo, mais aumenta a conta.
E o STF? O presidente Ricardo Lewandovski trabalha para aumentar os salários do poder judiciário, e o percentual é altíssimo: 78%. Seria de maneira escalonada e parcelada, mas a medida acarreta um aumento de R$ 1,5 bi em 2015 e R$ 25,7 bilhões em 4 anos de Governo Dilma. Segundo o Ministro, os salários estão defasados.
A continha de tudo que citamos é você quem paga. Isto mesmo, você que está lendo este texto.
ENQUANTO ISSO
Yoshiniko Noda reduziu o próprio salário após a tragédia no Japão. O Primeiro-Ministro do Reino Unido, David Cameron, cortou seu salário e o dos ministros, dois dias depois de ser empossado.
Ângela Merkel (Alemanha), François Holande (França) o até o Rei Felipe (Espanha) perderam benefícios após a crise na União Europeia.
Lá, corta-se na carne. Aqui, farinha pouca, meu pirão primeiro.
E TEM MAIS
Somente nos quatro primeiros meses do ano, o Governo Federal pagou R$ 14,3 milhões das faturas do cartões corporativos. Uma espécie de cartão de crédito que algumas autoridades têm, mas quem paga é o governo, ou seja, nós, de novo. Já teve ministro flagrado pagando até tapioquinha com o cartão. Foi Orlando Silva, no Governo Lula.
Em 2013, foram gastos R$ 61 milhões com estes cartõezinhos.
Segundo Cláudio Humberto, de janeiro a abril deste ano, o vice Michel Temer gastou somente R$ 172 mil, dando sinais de pobreza para os padrões Dilma.
O Palácio do Planalto não informa como foram gastos estes valores milionários, sob o argumento de que se trata de garantia de segurança da sociedade e do estado.
Quem aí quer um cartãozinho desses?