segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Pesquisa da FIEPE revela impacto causado pelas doenças transmitidas através do mosquito Aedes aegypti dentro das indústrias do estado de Pernambuco



A queda na produção foi considerada o principal impacto do mosquito transmissor da dengue, zica e chikungunya dentro das indústrias no estado. De acordo com pesquisa de sondagem, realizada pela Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), 42,3% dos gestores citaram redução na produtividade no período que compreende os meses de janeiro e fevereiro de 2016.

Das indústrias participantes da coleta, cerca de 80% citaram afastamento de empregados por conta de doenças transmitidas pelo mosquito do Aedes aegypti. A realocação de colaboradores foi indicada por 22% dos entrevistados. Apenas 6,5% dos executivos optaram por hora extra aos funcionários e as novas contratações ficaram com apenas 0,8%.

“A epidemia instalada em Pernambuco traz impactos negativos para as empresas industriais, com o aumento do absenteísmo nos parques fabris. Para isso, realizamos a pesquisa de sondagem que vem corroborar com as campanhas e medidas que o Sistema FIEPE vem tomando para conter o avanço das doenças transmitidas pelo mosquito e que atinge diversas indústrias no nosso Estado”, afirma o presidente da FIEPE, Jorge Côrte Real. 

O número de empresas impactadas pelo mosquito Aedes aegypti em seu quadro de funcionários na Região Metropolitana do Recife foi de 92%, índice superior à média do estado. 

“Isso se deve ao fato da RMR possuir o maior percentual de indústrias que participaram da sondagem. Entretanto, o impacto se limitou em 42,7% do percentual do quadro funcional compreendido entre 1% a 5% do total”, ressalta o coordenador da pesquisa e gerente do Núcleo de Economia e Negócios Internacionais da FIEPE, Thobias Silva. 

Das empresas no Agreste, 87,50% tiveram parte do seu quadro de funcionários afetado. Sendo 20% delas com impacto de mais de 50% no quadro funcional. Nesta região os principais impactos se concentram em “Queda de Produção” com 62,5%. No Sertão do São Francisco apenas 5,56%, dos gestores informou afastamento de empregados. O menor número dentre as regiões pesquisadas. O estudo revelou que dado o pequeno impacto na região, a única medida adotada por 100% das empresas entrevistadas foi “Realocação de pessoal”. No Sertão do Araripe 81,82% das empresas tiveram parte do seu quadro de funcionários afetados. Dentre estas indústrias a maior parte foram de micro e pequeno porte, somando 72,70% da amostra. A pesquisa apontou que as principais consequências foram na “Queda de Produção” com 54,5% e “Realocação de Pessoal” com 18,2%.

Metodologia - Cerca de 144 indústrias participaram do estudo, sendo 52% na Região Metropolitana, 28% no Agreste, 12% no Sertão do São Francisco e os outros 8% restantes, no Sertão do Araripe. Sobre o perfil das empresas onde foram captadas as informações, 16% eram de micro e 34% pequenas empresas, seguido de 39% média e 11% grande empresa, segundo critério por número de funcionários e/ou faturamento bruto anual.

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