quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Nova bronca na saúde de Garanhuns mostra governo sem unidade




Definitivamente o ano de 2017 não é bom para as áreas sociais do governo municipal. Eliane Simões tenta apagar o fogo na secretaria de educação, mesmo com a gestão em litígio com os professores, e na saúde, a questão é complicada. Alfredo Gois conseguiu emplacar de uma gestão para outra, mas não se segurou muito tempo no cargo. Acabou entregando por sofrer com o fogo amigo. Vale lembrar que na primeira gestão de Izaías, a secretaria de saúde teve três ou quatro secretários.

A saída de Geandré Noqueira, de Desenvolvimento Econômico, foi um erro político, administrativo e estratégico. O time de 2017 não deu liga. De janeiro pra cá, vários já saíram. A bronca na educação mostra que Kauely Almeida estava certa na defesa dos professores, diante da investida equivocada do prefeito em reduzir cargas horárias e salários. Evílson Rego preferiu sair, deve não ter gostado do que estava vendo.

Há quatro meses a saúde vem sendo gerida de forma interina por Shisneyda Furtado, ex-secretária de saúde de Trindade, no sertão do estado. Mas parece que o fogo amigo por lá ainda não apagou

Nesta terça-feira aconteceu na Câmara Municipal uma audiência pública para apresentação dos números da secretaria, e o jornalista Roberto Almeida publicou as queixas da secretária pela intromissão de outras secretarias em sua pasta, principalmente a gestão dos transportes. Teria feito considerações inclusive de falta de atendimento a pessoas enfermas porque a secretaria de transportes não teria autorizado nem a ambulância.

A secretária enviou a este blog uma carta em que afirma serem mentiras e ataca o jornalista. Como não entramos no teor da postagem de Roberto, e é uma espécie de Direito de Resposta, preferimos não publicar. Mas se fossem, acho que ela teria razão nesta cobrança dos transportes.

A questão é mais ampla que mais esta lavagem de roupa suja na frente de todos. Não é a primeira nem única situação envolvendo secretários este ano, e o que era exceção no primeiro governo Izaías, virou regra neste segundo mandato. O time era unido e conduzido sem ataques ou choques, agora, está na mídia sempre com situações do tipo, ou seja, sofrendo mais com questões internas que com a oposição, que quase não existe na cidade. Contudo, vai gerando criticas de bastidores nos meios sociais do município. Tinha muito mais gente defendendo a gestão, de forma espontânea.

Este fogo amigo é quase um "modus operandi" do atual governo quando quer mudar algum secretário. Geralmente vem após alguma situação ou situação externa, como aconteceu com Alfredo Goes e Evilson Rego, e aí vem a saída por pedido de exoneração motivado por problemas de saúde ou maior presença junto à família. O prefeito elogia, agradece e aceita o pedido. E muda.

Mas parece que vai ficando mais difícil recompor o quadro. A exemplo de Shisneyda e Carlos Carvalho, Izaías foi buscar nomes fora do cotidiano da cidade, surpreendendo muita gente. Não se trata de competência, que acredito que tenham, mas de representatividade , pois a gestão vai se distanciando dos meios sociais. 

Ainda tem a questão do Procurador do Município que ainda não está resolvida.

Que as luzes do Natal possam iluminar o governo, é isto que muita gente espera, pois vai mudar o foco dos problemas da gestão com o início da festa, com sua decoração e programação cultural.

E nem falei de Ministério Público nem Vara da Fazenda.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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