PARA ONDE DEVE CAMINHAR O PSB?
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência da República, esteve em Recife neste final de semana, onde conversou com correligionários do PSDB e se aproximou do PSB, visitando Renata Campos, viúva de Eduardo. Renata já havia recebido Lula há algumas semanas. Alckmin levou de Pernambuco a certeza do apoio de Jarbas (PMDB), pré-candidato ao senado na chapa do governador Paulo Câmara.
No momento que o PSB e o PT no estado davam sinais de aproximação, a visita de Alckmin é estratégica por oferecer outras possibilidades ao partido em Pernambuco. Veio no momento certo para colocar uma interrogação. Geralmente um paulista quer um nordestino na vice, e vice-versa. Renata, há alguns meses, já teria sido sondada inclusive para uma vaga de vice do Tucano. Não há nenhum pronunciamento da líder socialista neste sentido.
No entanto, Lula, mesmo com a iminente condenação na justiça, podendo até não ser candidato a presidente, continua sendo um mito no estado. E o caminho que o PSDB tomou em Pernambuco inviabilizaria aproximação com o ninho tucano. Bruno Araújo faz parte do grupo de oposição junto ao Mendonça Filho, Fernando Bezerra e Armando Monteiro, todos ligados de alguma maneira ao Governo Temer.
Se o PSB se alia com o PSDB, a segunda vaga de senador poderia até ficar com os tucanos.
O PSB tem atuado de forma independente em nível nacional, e tem sido oposição a Michel Temer em Brasília. O PT já atua na oposição desde o que chamou de Golpe contra Dilma, e o PSDB, a duras penas, vai deixando o governo federal, inclusive o ministro pernambucano Bruno Araújo já entregou o cargo. Muitos dirão que somente depois que seguraram Temer mais do que deveriam na presidência, somente para não prejudicar o processo eleitoral em 2018. Quem estiver com Temer, pode ser varrido pelo eleitorado.
O PSB tem até a possibilidade de não fechar nada no primeiro turno, e tem dois nomes que podem disputar a presidência: O ex-Ministro do STF, Joaquim Barbosa, e o ex-Ministro da Defesa do Governo Dilma, Aldo Rebelo, que trocou o PCdoB pelo PSB.