O Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco) acompanhou o desenrolar da Crise de Abastecimento, resultado da política desastrosa de preços do Governo golpista de Michel Temer e Pedro Parente, que culminou com a Greve dos Caminhoneiros em todo o país.
1. Consideramos que 90% das Escolas da Rede Pública Estadual não funcionaram hoje (28/05). As escolas, por ordem do Governo, abriram, mas os estudantes em sua grande maioria não compareceram.
2. Os Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação que moravam perto das unidades compareceram e a grande maioria não teve como se locomover ao local de trabalho.
3. As escolas do centro do Recife não tiveram aula, apesar de abertas. Por exemplo, na Escola Estadual João Barbalho chegaram três professores e seis alunos, no Centro Interescolar Luiz Delgado chegaram três estudantes, no Ginásio Pernambucano da Avenida Cruz Cabugá chegaram próximo de 80 estudantes, enquanto o Ginásio Pernambucano da Rua da Aurora funcionou até o 12h por falta de estudantes e professores. Em Ipojuca e Igarassu, todas as escolas estiveram fechadas.
4. O motivo era simples: as pessoas não tinham como se locomover às escolas. O Governo prometeu que a frota do transporte público estaria 100% disponível, mas isso não foi uma realidade.
5. No interior tem uma questão mais grave que é a suspensão do transporte escolar pelas prefeituras, o que dificultou ainda mais o funcionamento das escolas.
6. O Sintepe destaca que as escolas que abriram funcionaram precariamente.
7. A rede não funcionou, seja pela dificuldade de acesso, pela falta de combustível ou pela insegurança, porque as ruas estão desertas e o comércio praticamente sem funcionar.
8. Há um clima de insegurança que não permite uma atuação efetiva dos profissionais da educação.
9. O Sintepe também afirma que a reposição das aulas será discutida com o governo após o término do movimento.
10. Portanto, o Sintepe advoga que o Governo do Estado anuncie nesta terça-feira (29/05) a suspensão das atividades na Rede Pública Estadual até a completa normalização dos serviços públicos essenciais. O Sindicato orienta que os Trabalhadores em Educação com dificuldades para o deslocamento não se dirijam ao seu local de trabalho.