Antes de ser preso, Lula veio à casa de Renata, sendo recebido também por Paulo Câmara. PSB de Pernambuco aprova união |
Nos bastidores da corrida presidencial, aliança com PSB vira prioridade para os principais pré-candidatos
Na tarde do dia 17 de agosto de 2014, com a então presidente Dilma Rousseff a tiracolo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvaenfrentou as vaias destinadas à candidata do PT por uma claque hostil presente ao velório do adversário Eduardo Campos, o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência pelo PSB que morrera três dias antes num acidente aéreo em Santos. Com os olhos vermelhos, Lula pegou no colo Miguel, o caçula de Eduardo Campos, chorou e se abraçou com a devastada viúva, Renata. Passados quatro anos da tragédia da morte prematura do herdeiro de Miguel Arraes, a casa de Renata Campos voltou a ser endereço de uma romaria de políticos.
O PDT de Ciro Gomes e o PT de Lula estão travando uma briga de vale-tudo para selar uma aliança com o PSB, vista como decisiva para alavancar a campanha presidencial dos dois partidos. O voto da viúva Renata, que comanda o espólio político de Campos e conserva grande influência nos rumos do PSB, pode decidir para que lado penderá o partido, com seus dois minutos de TV e dez palanques estaduais de candidatos a governador. Pernambuco abriga o diretório mais forte do PSB.
Num ambiente hostil, já que o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), defende o apoio a Lula, o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, há duas semanas foi ao Recife pedir a bênção de Renata Campos. No encontro com a viúva, Ciro lembrou sua passagem pelo PSB, partido ao qual foi filiado por oito anos. Ele deixou o PSB em 2013 justamente por se opor à candidatura presidencial de Eduardo Campos. Apesar disso, Renata o recebeu muito bem. Não se manifestou, porém, nem contra nem a favor da aliança com o PDT.
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