quarta-feira, 1 de agosto de 2018

PT Nacional retira candidatura de Marília e apoia reeleição de Paulo. Como fica agora?



O PT Nacional havia condicionado o apoio à reeleição de Paulo Câmara se o PSB Nacional apoiasse a candidatura do PT à presidente, prioridade Nº 1 do partido de Lula. Paulo e o PSB de Pernambuco trabalharam intensamente por isto. O governador pernambucano fez vários acenos neste sentido, visitou o ex-presidente, em São Paulo e Curitiba, assinou nota contra o juiz Sérgio Moro, e até antecipou seu voto em Lula, independente de coligar ou não. 

Com a dificuldade do apoio nacional do PSB, pois a maioria socialista estava inclinada a apoiar o Ciro Gomes (PDT), o PT pediu então que o PSB ficasse neutro. E isto Paulo Câmara conseguiu, assim, vários estados poderão coligar e defender Lula e o candidato petista. Na verdade, a união nos estados atende e fortalece o PT, que tem encontrado dificuldades em congregar aliados históricos. 

Em troca, desde o início, estava o apoio do partido em Pernambuco e em outros estados ao PSB. Assim, o PT cumpriu sua parte do acordo, e nesta quarta-feira (01/08), em cima das convenções que vão definir as candidaturas, o PT retira a candidatura de Marília Arraes a governadora. A vereadora de Recife já está recorrendo da decisão.

Marília foi informada que não seria mais candidata pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, após reunião do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), que decidiu aceitar a proposta de apoio do PSB em 11 estados, entre eles Pernambuco. Com isso, a reeleição do senador Humberto Costa (PT) passa a ser prioridade do partido no estado, na chapa da Frente Popular, que já tem Jarbas Vasconcelos com a outra vaga da disputa para a Casa Alta.

Ciro Gomes perdeu há poucos dias o apoio do Centrão (grupo de parlamentares no Congresso) para Geraldo Alckmin (PSDB). O ex-governador paulista e o deputado Jair Bolsonaro (PSL), passam a ser os candidatos que representam a direita, adversários históricos de Lula e do PT. Alckmin tem sido visto como o candidato de Michel Temer (MDB), já que a candidatura de Henrique Meirelles (MDB) não cresce. Em Pernambuco, Alckmin terá o apoio do grupo de oposição "Pernambuco Quer Mudar", que apresenta Armando Monteiro (PTB) para o governo e Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM) para o senado.

O PT deve lançar a candidatura do ex-presidente Lula na Convenção Nacional, e lutar na justiça para garantir o projeto eleitoral.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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