Paulo Veras, para o Jornal do Commercio
https://jconline.ne10.uol.com.br
https://jconline.ne10.uol.com.br
Três governadores eleitos, quatro nomes disputando o segundo turno e uma bancada maior do que a de siglas tradicionais da política nacional como PSDB e DEM. O PSB saiu das urnas revigorado como uma força de centro-esquerda democrática. O desempenho da sigla chama atenção não apenas pela resiliência à onda de direita que marcou a votação, mas também por mostrar a força do partido após dois episódios traumáticos. Em 2014, o PSB assistiu à morte em um acidente aéreo do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, seu principal líder político. No início deste ano, a agremiação perdeu 11 deputados federais após um realinhamento à esquerda e em oposição ao presidente Michel Temer (MDB).
Do primeiro turno, o PSB saiu com os governadores de Pernambuco, Paraíba e Espírito Santo; garantindo três tradicionais enclaves da sigla. Também passou para o segundo turno em São Paulo, Distrito Federal, Sergipe e Amapá. Elegeu 34 deputados federais; número maior do que PSDB e DEM (ambos com 29 parlamentares) e comparável ao do MDB (também elegeu 34 deputados).
“Sempre estão fazendo prognósticos negativos em relação ao PSB. Inclusive jornalistas e gente do partido, quando resolvemos expulsar 11 deputados, diziam que íamos virar um partido nanico. E eu dizia que íamos recuperar do ponto de vista numérico e qualitativo. Foi o que aconteceu. Esse resultado de governadores também nos deixa muito feliz. É a expansão do partido em áreas importantes. O melhor exemplo é São Paulo”, argumenta Carlos Siqueira, presidente nacional da sigla. Se garantir a reeleição do governador Márcio França (PSB), que disputa o governo paulista contra João Doria (PSDB), os socialistas se tornarão o partido a governar o maior número de eleitores do País.