Maior referência sobre a situação da liberdade de imprensa no mundo, o ranking de liberdade de imprensa, publicado anualmente pela entidade Repórteres sem Fronteiras, avalia a situação para o exercício do jornalismo em 180 países; Entre os critérios, estão: pluralismo, independência das mídias, ambiente e autocensura, arcabouço legal, transparência, qualidade da infraestrutura de suporte à produção da informação e violência contra a imprensa.
Neste ano, escreve hoje o colunista do UOL Jamil Chade, o Brasil caiu quatro posições e aparece na 111ª posição. Em 2018, antes da chegada de Jair Bolsonaro ao poder, o Brasil era o 102º colocado. A situação brasileira é considerada como pior que países como a Bolívia, Mauritania, Guinea-Bissau, Equador, Ucrânia, Libéria, Paraguai, Etiópia ou Moçambique, além de se aproximar de cenários como o do Congo, Gabão ou Nigéria.
"O Brasil enfrenta problemas históricos e estruturais no campo da liberdade de expressão. É o segundo país da América Latina com o maior número de profissionais de imprensa assassinados na última década, atrás apenas do México. Ataques verbais, insultos, ameaças e agressões físicas contra jornalistas são frequentes no país." Trecho de nota da entidade
Na avaliação do informe, os ataques contra a imprensa ainda servem para desviar o foco de outros assuntos. "Para desviar a atenção de sua gestão desastrosa da crise sanitária, que já deixou mais de 350 mil mortos, Jair Bolsonaro acusa a imprensa de ser a responsável pelo caos no país", denuncia.
UOL