quinta-feira, 24 de junho de 2021

Saída de Salles repete estratégia de 'cortina de fumaça' do caso Queiroz

 Ricardo Salles entrega celular à Polícia Federal após ser alvo de operação  - O Hoje.com




O dia começou com o presidente Jair Bolsonaro no centro de denúncias de que teria sido alertado de possíveis irregularidades na compra de vacinas indianas. Mas, no fim da tarde, Bolsonaro conseguiu mudar o foco do noticiário com o anúncio de que o investigado Ricardo Salles decidira deixar o Ministério do Meio Ambiente.

Segundo a colunista Carla Araújo, a saída de Salles não estava no radar. Até mesmo auxiliares do palácio do Planalto dizem que foram surpreendidos com a notícia.

Há quem acredite que o anúncio de hoje tem apenas uma estratégia: criar uma cortina de fumaça para que as denúncias saiam do foco.

O script não é novo. No dia 18 de junho de 2020, quando Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, foi preso pela manhã, Bolsonaro acertou - no fim daquele dia - a saída de outro ministro que também não era mais unanimidade: Abraham Weintraub.

"Os próximos dias mostrarão se a estratégia terá ou não o efeito desejado pelo Palácio do Planalto" Carla Araújo

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