O dia começou com o presidente Jair Bolsonaro no centro de denúncias de que teria sido alertado de possíveis irregularidades na compra de vacinas indianas. Mas, no fim da tarde, Bolsonaro conseguiu mudar o foco do noticiário com o anúncio de que o investigado Ricardo Salles decidira deixar o Ministério do Meio Ambiente.
Segundo a colunista Carla Araújo, a saída de Salles não estava no radar. Até mesmo auxiliares do palácio do Planalto dizem que foram surpreendidos com a notícia.
Há quem acredite que o anúncio de hoje tem apenas uma estratégia: criar uma cortina de fumaça para que as denúncias saiam do foco.
O script não é novo. No dia 18 de junho de 2020, quando Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, foi preso pela manhã, Bolsonaro acertou - no fim daquele dia - a saída de outro ministro que também não era mais unanimidade: Abraham Weintraub.
"Os próximos dias mostrarão se a estratégia terá ou não o efeito desejado pelo Palácio do Planalto" Carla Araújo