O sistema do Ministério da Saúde que contabiliza o envio de vacinas contra a covid-19 aos estados subtraiu 6,4 milhões de doses mandadas a São Paulo na comparação entre os dias 2 e 6 de agosto. A diferença, para mais, ocorreu na véspera do envio de uma nova remessa aos estados, no dia 3 de agosto, quando o governo de São Paulo reclama ter recebido um quantitativo inferior ao esperado. A reportagem é de Carlos Madeiro e Lucas Borges Teixeira.
De 48,3 milhões de doses em 2 de agosto, o número foi alterado no dia 6, caindo para 41,9 milhões. Ou seja, em quatro dias, 6,4 milhões de doses sumiram do sistema, sem explicação. Ao UOL, o governo de São Paulo diz ter recebido 41,9 milhões de doses.
Nesse mesmo período, houve o primeiro envio de doses sob um novo critério do ministério, criado para compensar estados que tinham recebido menos doses. A pasta chegou a acusar o governo de São Paulo de ficar com mais doses antes de repassar à União. Ontem, após um vaivém entre o estado e a federação, o ministério começou a enviar remessas extras da Pfizer a São Paulo.
Questionado pelo UOL na segunda e ontem, o ministério não explicou o motivo da exclusão das doses.
O dado equivocado não estava apenas no vacinômetro do Ministério da Saúde. O boletim Covid da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) também usou como base os dados atualizados em 2 de agosto e apontava o mesmo envio de 48,3 milhões de doses para São Paulo.