A Covid voltou a assustar o mundo com a identificação de uma nova variante encontrada na África do Sul e já detectada em Israel, Bélgica e Hong Kong. A Organização Mundial da Saúde (OMS) batizou a cepa de “Ômicron” e a classificou como uma “variante de preocupação” — aquela que, além de se alastrar, impacta no curso da doença, por exemplo, elevando a taxa de transmissão, mudando ou aumentando os sintomas ou reduzindo a efetividade de medidas de saúde.
A reação foi imediata e teve escala global. A União Europeia e países como Estados Unidos, Canadá, Índia e Reino Unido suspenderam voos originados no Sul da África.
Repercussão no Brasil: o Ministério da Saúde emitiu alerta de risco sobre a variante. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a suspensão imediata de voos provenientes de seis países africanos. O presidente Jair Bolsonaro disse que avalia “medidas racionais” sobre a entrada de estrangeiros no país, mas não explicou o que será feito.
Opinião de especialista: o virologista Amílcar Tanuri, da UFRJ, explica que a variante preocupa porque tem muitas mutações em partes cruciais do vírus: “É motivo para apreensão, mas não para pânico”.