A cantora Elza Soares, que morreu ontem aos 91 anos, receberá uma despedida pública no Theatro Municipal do Rio. Fãs poderão dar adeus à artista no velório, das 10h às 14h. A morte de Elza, de causas naturais em sua casa, foi lamentada por personalidades das artes e da política , que renderam homenagens por sua trajetória. A imprensa internacional destacou Elza como uma cantora “mítica” e “ícone da música brasileira”.
Memória: nascida na favela carioca de Moça Bonita, Elza foi mãe pela primeira vez aos 13 anos, aos 15 já tinha passado pela perda de um filho e aos 21 era viúva. Gravou o primeiro disco em 1959 e teve, em seu longo repertório, canções contestadoras e antirracistas. “É a minha raça que estou vendo ser destruída, é preciso dar um grito de basta”, disse em entrevista ao GLOBO em 2020, às vésperas de completar 90 anos.
Especial: “Elza foi a voz rouca e suingada de um Brasil que deu certo”, afirma Hugo Sukman, em artigo. Há um ano, Chico Buarque e Caetano Veloso escreveram textos inéditos em homenagem a Elza Soares.