Situação 1 - O turista chega no balcão do hotel e faz a clássica pergunta: O que tem pra fazer hoje na cidade? - A resposta é quase sempre a mesma - Cinema, bares e restaurantes.
Situação 2 - A gente chega no final de semana e quer ver algo diferente que aquela mesma televisão da sala, e poder oferecer à família um entretenimento cultural. O que tem?
Bem, vamos ao assunto. Garanhuns tem vivido eventos e festivais de toda natureza, alguns riquíssimos, em verba e em cultura. Não duvidamos disso! Mas no final de semana comum precisamos despertar a cidade, não podemos estar fazendo sempre grandes eventos. Precisamos fazer o simples, o que conquista o bairro, aquele que a gente se sente parte, e não apenas platéia!
Aí vem minha dose de sugestão! Vejam a relação que temos na atual enquete de pontos turísticos e culturais de Garanhuns. Precisamos movimentá-los com provocações culturais. O Pau-Pombo só funciona 9 dias por ano, depois aquele público não volta mais. O Espaço Cultural Luis Jardim também, se é uma homenagem a um escritor porque não fazer recitais, oficinas, etc. ? O Parque Euclides Dourado já foi motivo de um post em que sugeríamos eventos jovens. (vide o que fala dos automóveis antigos). O Pau-Pombo poderia receber pequenos concertos em duos, trios, sempre aos finais de semana ou por temporada. Vamos supor, durante três meses, todas as sextas-feiras à tardinha um recital. No domingo poderia ter um coral, uma missa, uma peça infantil, artistas mambembes, troças carnavalescas, etc. etc. etc. O que quer que fosse! Mas tinha que ter! O Centro Cultural fechado no sábado à noite é triste. Como diz o seu nome comum "Centro Cultural". Poderíamos ter sempre apresentações dos nossos artistas. Projeto "Sábado às 8". E aí contrata nossos artistas para apresentações. Terminaria cedo pra galera sair pros bares e restaurantes. E lembra o nosso recepcionista do hotel? Ele poderia dizer: Ah, Senhor, a cidade lhe oferece várias opções culturais. O que deseja?
Bem, é dinheiro? É sim? Na prática não se faz nada sem dinheiro. Mas é tanto assim que inviabilize? É nada. Existem verbas pra isso, valorizaria nossos artistas. Seria um caché fixo. Poderia de vez em quando pra movimentar um nome regional feito Nando Cordel, Alceu, Zé Ramalho, etc. Já vejo a faixa - "Projeto Sábado às 8 - Apresenta..." Como aliás o SESC já faz. Uma boa alternativa seria alguns pontos terem seus curadores culturais, responsáveis por fazer acontecer, pessoas capacitadas e gratificadas pelas secretárias de cultura e/ou turismo.
Se alguém me perguntar porque eu mesmo não faço, acho que a cidade sofreu uma lavagem cerebral de bandas de forró, que qualquer um que queira trazer uma coisa melhor, arrisca ter um grande prejuízo, por falkta de incentivos, patrocínios e bilheteria. Por isso sou contra, vou repetir CONTRA, se usar dinheiro público para contratar bandas de forró, pois deve-se aproveitar essas oportunidades para dar ao povo uma música com mais consistência cultural.