segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Studio C, FAMEG e a valorização de Garanhuns


Artigo


Por Eliane Simões Vilar - Presidente da AESGA


Ronaldo,

Li seu texto sobre o Studio C. Primeiro gostaria de dizer que é um orgulho ter uma empresa em Garanhuns com a competência e a credibilidade do Studio C. Acompanho a trajetória e estou sinceramente feliz com o êxito dessa turma empreendedora e sem medo de ousar. Parabéns para Garanhuns. Nada mais justo que a escolha do Sebrae. Outra. Incomoda-me profundamente nossa passividade no caso da FAMEG. Não poderíamos nunca deixar isso acontecer. Se existem questões burocráticas a serem resolvidas (e existem) podem ser sanadas com força política e pressão social. É uma perda que a cidade não pode mensurar. Sei que as pessoas entendem o beneficio da expansão universitária em Garanhuns. Todos ganhamos. A mudança acontece em todos os níveis, social, econômico, cultural e é a saída que temos para o imobilismo que há anos estamos vivendo. Fico extremamente constrangida quando me dizem que não podemos ter uma faculdade aqui por não entregarmos ao mercado profissionais de qualidade. Isso é um ultraje a nossa cidade! Podemos e podemos muito. Somos tão competentes quanto qualquer outra cidade que possua polo universitário. Temos aqui a UPE com cursos oferecidos há mais de 40 anos, saíndo na frente com cursos de ponta. Pedro Falcão tem uma visão acadêmica privilegiada. A Federal Rural, competentemente capitaneada por Marcelo Martins, com uma gama de projetos novos, a AESGA com 35 anos de bons serviços, primeira no Brasil a interiorizar o ensino de Administração e pasmem, quando implantamos o curso de direito diziam que da nossa faculdade não sairia um único advogado! Pois antes de terminar a primeira turma tivemos que antecipar a outorga de grau de alguns alunos que haviam passado no exame da ordem dos advogados, sem terminar o último semestre! tivemos o maior índice de aprovação em Pernambuco no exame da OAB, terceiro lugar no enade, no nordeste, unicamente como esforço de nossos alunos e a vontade de contribuir de nossos professores. E veja, somos uma instituição pobre, financiada apenas e apenasmente com as mensalidades dos alunos. Da água às construções, passando pelo pagamento de funcionários e professores, tudo é feito com o dinheiro do nosso financiador: O aluno. E fazemos o melhor que podemos.S e não somos totalmente reconhecidos em Garanhuns, somos no país inteiro. Então Garanhuns pode ter uma faculdade de Medicina e qualquer outra. Nos falta o bairrismo que outras cidades têm. Temos que parar de falar e partir para a ação. Como estão os alunos que investiram seus sonhos no curso de medicina? Alguns transferidos, outros esperando a solução. Já pensaram no sofrimento? E a luta dos que trouxeram essa faculdade, pensando no crescimentode Garanhuns? Tivemos uma luta semelhante em direito. Ficamos também sós. Fomos apenas cinco professores a lutar por ela e nossos alunos que acreditaram.Vencemos, por isso entendo essa luta e a frustração da indiferença de alguns segmentos da nossa sociedade. Não deve haver picuínhas políticas, turma do "não vai dar certo", ou do deixa pra lá que o problema não é nosso. É nosso sim! Se é para o bem da nossa cidade é para estarmos juntos nessa luta. É muito triste. Devo reconhecer a luta do CDL, de Eduardo Ferreira Costa, Dr. Marcio Quirino e muitos outros (Não vamos falar em políticos para não tomarmos partido). Eu também estou revoltada com nossa indiferença! Vamos buscar a solução juntos!

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