Daqui a alguns dias será lançado o filme de Lula, o filho do Brasil. Alguma dúvida que será um grande sucesso? Que baterá recordes de bilheteria? Que o mundo inteiro assistirá? Uma grande história do menino que acompanhou a mãe num pau-de-arara pra São Paulo, virou metalúrgico, sindicalista, fundou um partido e se tornou uma lenda viva da política brasileira, sendo o presidente que está conquistando o mundo. Alguma dúvida? Nenhuma...
Garanhuns estará neste filme e poderá lucrar imensamente com ele. O que vamos fazer? Ou melhor, o que estamos fazendo? E ainda, o que já deveríamos ter feito? O mundo gringo vai enrrolar a língua pra perguntar onde fica Gualanús, Garenuns, Garânos, ou o que quer que seja, mas vai ficar sabendo que Lula nasceu aqui. Tem mais, a cidade retratada lá vai ser de uma seca danada, triste, sem água, no meio do mato, de um povo feio, desnutrido e desdentado, etc. Pelo menos nas primeiras fotos é isto que vemos. Terá ele a volta de Lula como presidente à sua terra natal, Trazendo investimentos como uma Universidade Federal? Creio que não! Então cabe a nós pensarmos como mostrar a nova Garanhuns que existe pós retirância de Lula. E o que podemos fazer para mudar essa imagem que ficará na cabeça de zilhões e quilhões de pessoas, e ao final ainda lucrarmos com essa exposição midiática? São conjecturas, ponderações, que lançam um olhar crítico sobre o que vai acontecer daqui a alguns dias. É como se fôssemos astrônomos e víssemos um meteoro vindo em nossa direção, com tempo contado para o choque, e nós decidimos se podemos fazer algo ou vamos para o meio da praça apreciar sua chegada. Com o filme vamos ter a divulgação, mas se alguém chegasse aqui hoje e perguntasse - Onde encontro algo sobre o presidente? - O que você diria?
Ja imagino a Av. Santo Antonio, à tardinha, com as calçadas fervilhando de DVD´s do filme do presidente, e olhe lá se não precisar de reservas...