Sempre que um post alcança uma marca de três comentários eu acredito que merece um novo registro, porque gerou um debate, principalmente quando são de diferentes pontos de vista. Foi isso que aconteceu recentemente com o post sobre a falta de apoio para a realização do Festival de Cinema Francês em Garanhuns. O que dizer então? Foram seis comentários. Acho que desde a "crise dos 40" do Sandro não recebíamos esta quantidade de comentários num mesmo post. Principalmente sabendo que vivemos numa cidade onde as pessoas têm receio de se expor e demonstrar suas opiniões. Muitas aqui já foram contrárias a alguma opinião minha, mas prefiro elas ao silêncio dos que se omitem. O Genaldo Barros descobriu o blog, agradeço sinceramente, e nos falou sobre a frustada procura pelo poder público municipal e sua área de cultura para conseguir o apoio para trazer para nossa cidade uma mostra do cinema francês neste ano em que comemoramos no território nacional, o ano da Brasil/França. Sua história e desabafo foram comentados por nossos leitores. Vamos a alguns aspectos desses comentários (se quiser ler o texto completo dele, está um pouco mais abaixo, depois das broncas da prefeitura): (em vermelho, algumas anotações minhas)
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Eris disse...
Eu fiquei "doente" quando soube dias depois que havia perdido o Festival de Cinema Francês, simplesmente por que não sabia, faltou divulgação. Aliás, falta divulgação em tudo de qualidade em nossa terra. Por pouco eu não perdi a apresentação de Artur Moreira Lima ano passado e pelo tamanho da platéia, muita gente só soube depois. Lamentável. (Fafá de Belém esteve em Garanhuns... Mas não digam a ninguém, era segredo do estado!)
Eu fiquei "doente" quando soube dias depois que havia perdido o Festival de Cinema Francês, simplesmente por que não sabia, faltou divulgação. Aliás, falta divulgação em tudo de qualidade em nossa terra. Por pouco eu não perdi a apresentação de Artur Moreira Lima ano passado e pelo tamanho da platéia, muita gente só soube depois. Lamentável. (Fafá de Belém esteve em Garanhuns... Mas não digam a ninguém, era segredo do estado!)
Suellen disse...
... Será que não faltou um pouquinho de competência na divulgação e na busca dos incentivos ou patrocinadores? É preciso saber viver! Suellen
... Será que não faltou um pouquinho de competência na divulgação e na busca dos incentivos ou patrocinadores? É preciso saber viver! Suellen
sandro do ocrinho disse...
Caro Amigo Genaldo, Acho que o problema foi o tipo e a nacionalidade do festival. Talvez se tivesse sido um de GADO e HOLANDÊS, tivesse despertado o interesse da Administração local. Grande Abraço Genaldo e não desista de Garanhuns, pois as coisas um dia mudam.
Caro Amigo Genaldo, Acho que o problema foi o tipo e a nacionalidade do festival. Talvez se tivesse sido um de GADO e HOLANDÊS, tivesse despertado o interesse da Administração local. Grande Abraço Genaldo e não desista de Garanhuns, pois as coisas um dia mudam.
Marcela disse...
O Festival de Cinema faz parte do Ano da França no Brasil, não seria patrocinado pela prefeitura de Garanhuns, pois o mesmo já contava com o patrocínio oficial do Governo da França, da Embaixada Francesa no Brasil, do Ministério da Cultura do Brasil, da Cinemateca Francesa, entre outros.Os filmes não eram "chatos", termo que o colega crítico de cinema usou, (inclusive um deles estreou nacionalmente ha 15 dias e o ator esteve presente em Garanhuns). Procurem no Google o filme Welcome (Bem-vindo).Realmente, a divulgação foi péssima, pois a prefeitura ficou cozinhando a produção até se decidir se teria um hotel e um restaurante para os diretores, atores, etc.A contrapartida era para custear oficinas e trazer outros atores (Jean Marc Barr, Mathieu Amalric vide os filmes - Dogville e O Escafandro e a Borboleta).Além de Garanhuns, o festival aconteceu em Recife (com o co-patrocínio da prefeitura da cidade), Brasília-DF, Goiania-GO, etc. (Esse é o tipo de comentário que complementa com informações um post, brigadão Marcela!)
O Festival de Cinema faz parte do Ano da França no Brasil, não seria patrocinado pela prefeitura de Garanhuns, pois o mesmo já contava com o patrocínio oficial do Governo da França, da Embaixada Francesa no Brasil, do Ministério da Cultura do Brasil, da Cinemateca Francesa, entre outros.Os filmes não eram "chatos", termo que o colega crítico de cinema usou, (inclusive um deles estreou nacionalmente ha 15 dias e o ator esteve presente em Garanhuns). Procurem no Google o filme Welcome (Bem-vindo).Realmente, a divulgação foi péssima, pois a prefeitura ficou cozinhando a produção até se decidir se teria um hotel e um restaurante para os diretores, atores, etc.A contrapartida era para custear oficinas e trazer outros atores (Jean Marc Barr, Mathieu Amalric vide os filmes - Dogville e O Escafandro e a Borboleta).Além de Garanhuns, o festival aconteceu em Recife (com o co-patrocínio da prefeitura da cidade), Brasília-DF, Goiania-GO, etc. (Esse é o tipo de comentário que complementa com informações um post, brigadão Marcela!)
blogdogenaldo disse...
Em 2005, aconteceu o Ano do Brasil na Fraça. E lá, nossas manifestações culturais foram muito bem recebidas. É preciso entender que, promover cultura não é dar dinheiro, e sim, investimento. Mas, se pensarmos no imediato, realmente, não tem sentido. Lamento pelas pessoas que gostariam e não puderam participar, pois o nosso tempo de divulgação, foram dois dias, antes de começar a mostra. E só, via entrevistas nas rádios, que nos deram apoio formidável. Vamos continuar dando a nossa contribuição para que as coisas aconteçam. Até porque, conhecemos os caminhos e se, o poder público local não participa, podemos fazer sem envolvê-lo. (Este foi um "post scriptum", o famoso P.S. do Genaldo. Gostei da sua finalização. Venho com muitas dificuldades "inventando" minhas atividades culturais e com uma ou outra exceção, nunca fui uma "figurinha carimbada" do órgãos fomentadores de cultura em Garanhuns. Toda vez que procurei não logrei êxito. Aí cansei! Hoje tenho alguns patrocinadores que me entendem minhas invencionices e veem resultado nelas. Aí me apoiam, mas se eu fosse depender de incentivo público... Sem contar que tenho que me apresentar pra alguém a cada dois anos e dizer de novo tudo que eu faço e gostaria de fazer. rsrsrsrs)
Em 2005, aconteceu o Ano do Brasil na Fraça. E lá, nossas manifestações culturais foram muito bem recebidas. É preciso entender que, promover cultura não é dar dinheiro, e sim, investimento. Mas, se pensarmos no imediato, realmente, não tem sentido. Lamento pelas pessoas que gostariam e não puderam participar, pois o nosso tempo de divulgação, foram dois dias, antes de começar a mostra. E só, via entrevistas nas rádios, que nos deram apoio formidável. Vamos continuar dando a nossa contribuição para que as coisas aconteçam. Até porque, conhecemos os caminhos e se, o poder público local não participa, podemos fazer sem envolvê-lo. (Este foi um "post scriptum", o famoso P.S. do Genaldo. Gostei da sua finalização. Venho com muitas dificuldades "inventando" minhas atividades culturais e com uma ou outra exceção, nunca fui uma "figurinha carimbada" do órgãos fomentadores de cultura em Garanhuns. Toda vez que procurei não logrei êxito. Aí cansei! Hoje tenho alguns patrocinadores que me entendem minhas invencionices e veem resultado nelas. Aí me apoiam, mas se eu fosse depender de incentivo público... Sem contar que tenho que me apresentar pra alguém a cada dois anos e dizer de novo tudo que eu faço e gostaria de fazer. rsrsrsrs)
Aí veio o Gustavo Costa e...
A prefeitura está certa em não dá dinheiro para uma amostra como essas... essa amostra deve ter sido muito chata. Deve ter sido uma dessas amostras de filme de arte, que geralmente são insuportáveis de assistir... O produtor tem todo o direito de reclamar. Ele monta um projeto, faz um esforço sobre humano para vender como cultura... Afinal tentar vender uma amostra de cinema Francês como cultura não é pra qualquer um, esse produtor é capaz de dá nó em pingo d ‘água... Depois dos festivais, Garanhuns se vê obrigada a patrocinar qualquer projeto que apareça disfarçado de cultura... Ronaldo... agora você vem com uma crítica política pesada chamando os festivais de “cultura de voto”... (Bem Gustavo, deixa eu te explicar, pra se fazer cultura não precisa sempre se colocar 40 mil pessoas em praça pública, e tem mais, você já pensou na possibilidade de alguém gostar do cinema francês, iraniano, japonês, ...,, A Arte é a Excelência, não a Vossa Excelência! Estamos vivendo uma política cultural onde é mais fácil conseguir 300 mil reais pra uma festa, que míseros contos de réis pra fomentar a cultura local, artistas simples ou eruditos que precisam produzir cultura. Mas esta não dá voto!)
