Está provado que a entrada do ex-prefeito João Paulo na Secretaria de Articulação Política do governo do estado foi um erro estratégico do petista. Não se sntindo satisfeito com recentes mudanças e com a prova de força do Super-secretário Fernando Bezerra Coelho, João Paulo entregou sua demissão ao governador. Dois motivos diretamente importunaram JP, primeiro a continuidade da pré-candidatura de FBC ao senado, criando fatos que desgatavam a sua proposição e a consumação de sua própria candidatura junto a Armando Monteiro, já que o PSB já tem o cargo de governador, PT e PTB iriam para a majoritária do senado. E outro, a saída de uma indicação sua no Porto de Recife por uma indicação de Fernando Bezerra. Portanto, uma coisa é certa, a força de João Paulo não foi o suficiente para que conquistasse o espaço que desejava no governo. E olha, se houver ressentimentos com seu partido ou com o governo que deixa, seu nome pode ser incontestavelmente um propulsionador de uma nova ordem na política pernambucana. Embora o seu partido controlado por Humberto Costa e seu grupo, não deem a João Paulo a oportunidade de lançar-se a governador e o prazo para troca de legendas já tenha sido esgotado, João Paulo pode colocar fogo no caldeirão agora se não tiver sua vaga ao senado assegurada. FBC sai fortalecido dentro do governo no episódio e somente o desenrolar dos fatos mostrarão o caminho a seguir de João Paulo, que agora deverá fazer muita Yoga pra colocar a mente novamente em ordem. Pois está entre farpas com o seu sucessor no Recife, João da Costa, não tem o controle do seu partido, embora seja o principal nome no estado e não tem o apoio irrestrito de Eduardo Campos para sua candidatura ao senado. Sem contar que em nível federal João Paulo também esperou de Lula um ministério ou a coordenação da campanha de Dilma e nada veio! E agora João? Permanece ao lado de Eduardo quando vier o pedido de Lula? É bom lembrar que foi justamente por falta de espaço no governo que o grupo de Armando Monteiro deu origem aquele grupo independente que rompeu com Jarbas e deu início a um novo contexto político para Pernambuco. Teria João Paulo essa força e essa vontade? Ou estará ainda apoiando o governo que agora deixa, assumindo uma candidatura a deputado?
E lembrem, João Paulo sempre causou irritação nos seus partidários por sua aproximação com Jarbas. E mais, para quem saiu da Prefeitura do Recife com força para se tornar governador, está vendo sua presença política perder um espaço cada vez maior. Portanto, seu erro estratégico foi imaginar que entrando no governo sairia dele fortalecido, foi melhor para Eduardo Campos que ofuscou sua estrela e agora pode até deixá-lo de fora da chapa majoritária.
Neste momento, o homem não está zen!
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