Sandra Resende, Mãe da enfermeira Lúcia Resende que foi assassinada em 2004, deu algumas entrevistas nas rádios da cidade e agora nos envia esse desabafo.
Quero agradecer ao povo de Garanhuns pelo apoio recebido, através de inúmeras visitas, telefonemas e telegramas manifestando repúdio e profunda aflição, em face da decisão da justiça liberar Eurico Jorge Branco, um assassino frio e calculista impondo a sua presença no seio da convivência social, pondo-o na condição de cidadão de bem, deixando as famílias receosas, recuadas e temerosas. Haja vista, tratar-se de um indivíduo que tirou por motivo fútil, a vida do próprio irmão o pecuarista Clovis Filho e sem nenhum propósito também eliminou covardemente, a minha querida e inesquecível Lucia Resende, que desempenhava com tanto amor, sua profissão de enfermeira, prestando seu maior tempo de serviço no PSF do bairro de Manoel Chéu, onde todos afirmaram no ocorrido desta tragédia, "Não perdemos apenas uma doutora (como era carinhosamente chamada) mas, uma mãe". Foi através deste trabalho com tanta dedicação, que lhe renderam várias homenagens pela sociedade garanhuense, colocando seu nome no PSF do bairro Aluísio Pinto, na primeira Associação das mulheres também no bairro de Manoel Chéu. Na conclusão da turma do curso técnico de enfermagem e recebeu uma placa "in memória", no dia do Enfermeiro pela Assembléia Legislativa de Pernambuco. A notícia da soltura de Eurico repercute muito mal pelos quatro cantos da cidade. Diante desta situação, é importante chamar a atenção da sociedade com relação ao comportamento deste assassino que praticou este homicídio qualificado, o que vale mencionar é que nos altos do processo de pedido de hábeas corpus em 13 de abril de 2004, pedido este, negado por unanimidade em todas as instâncias. "Baseado no inquérito policial e nos dados objetivos das provas materiais do delito, retrata nitidamente a alta periculosidade do paciente. Em função da ordem pública, em função do clamor público, em função inclusive de como ficou explicitado no brilhante voto do relator, do temor da própria sociedade, do temor das pessoas e das testemunhas. Quem é capaz de fazer abater com requintes de crueldade seu irmão e sua cunhada, é capaz de praticamente de tudo no âmbito das torpezas morais. Não é presunção isto, é a lógica do concreto. Estou esperando a hora em que será marcado o dia em que o imputado do crime, sentar no banco dos réus no júri. O crime permanece em evidência, em conseqüência da demora do julgamento do RÉU. Não se pode ceifar duas vidas, desestruturar duas famílias e ficar na impunidade. Mas apesar de tudo, ainda tenho fé e acredito na justiça a qual espero o quanto antes a revisão desta decisão, ante a pujante clareza do recurso impetrado pelo Ministério Público, e, se mesmo assim ainda não for o suficiente para a revogação desta decisão, iremos recorrer a todas as instâncias cabíveis para o caso, porque dizer não a liberdade desse assassino é um ato de justiça. A Associação Lúcia Resende do bairro de Manoel Chéu, indignada, está organizando um manifesto em favor do regresso deste assassino desalmado para a prisão que o lugar dele. Agradeço primeiramente a Deus e as rádios e a imprensa escrita pela oportunidade e a todos que neste momento estejam me escutando, e mais uma vez muito emocionada peço o apoio de todos para que o povo continue manifestando indignação através da solidariedade junto a mim e toda a minha família.
Sandra Resende
Quero agradecer ao povo de Garanhuns pelo apoio recebido, através de inúmeras visitas, telefonemas e telegramas manifestando repúdio e profunda aflição, em face da decisão da justiça liberar Eurico Jorge Branco, um assassino frio e calculista impondo a sua presença no seio da convivência social, pondo-o na condição de cidadão de bem, deixando as famílias receosas, recuadas e temerosas. Haja vista, tratar-se de um indivíduo que tirou por motivo fútil, a vida do próprio irmão o pecuarista Clovis Filho e sem nenhum propósito também eliminou covardemente, a minha querida e inesquecível Lucia Resende, que desempenhava com tanto amor, sua profissão de enfermeira, prestando seu maior tempo de serviço no PSF do bairro de Manoel Chéu, onde todos afirmaram no ocorrido desta tragédia, "Não perdemos apenas uma doutora (como era carinhosamente chamada) mas, uma mãe". Foi através deste trabalho com tanta dedicação, que lhe renderam várias homenagens pela sociedade garanhuense, colocando seu nome no PSF do bairro Aluísio Pinto, na primeira Associação das mulheres também no bairro de Manoel Chéu. Na conclusão da turma do curso técnico de enfermagem e recebeu uma placa "in memória", no dia do Enfermeiro pela Assembléia Legislativa de Pernambuco. A notícia da soltura de Eurico repercute muito mal pelos quatro cantos da cidade. Diante desta situação, é importante chamar a atenção da sociedade com relação ao comportamento deste assassino que praticou este homicídio qualificado, o que vale mencionar é que nos altos do processo de pedido de hábeas corpus em 13 de abril de 2004, pedido este, negado por unanimidade em todas as instâncias. "Baseado no inquérito policial e nos dados objetivos das provas materiais do delito, retrata nitidamente a alta periculosidade do paciente. Em função da ordem pública, em função do clamor público, em função inclusive de como ficou explicitado no brilhante voto do relator, do temor da própria sociedade, do temor das pessoas e das testemunhas. Quem é capaz de fazer abater com requintes de crueldade seu irmão e sua cunhada, é capaz de praticamente de tudo no âmbito das torpezas morais. Não é presunção isto, é a lógica do concreto. Estou esperando a hora em que será marcado o dia em que o imputado do crime, sentar no banco dos réus no júri. O crime permanece em evidência, em conseqüência da demora do julgamento do RÉU. Não se pode ceifar duas vidas, desestruturar duas famílias e ficar na impunidade. Mas apesar de tudo, ainda tenho fé e acredito na justiça a qual espero o quanto antes a revisão desta decisão, ante a pujante clareza do recurso impetrado pelo Ministério Público, e, se mesmo assim ainda não for o suficiente para a revogação desta decisão, iremos recorrer a todas as instâncias cabíveis para o caso, porque dizer não a liberdade desse assassino é um ato de justiça. A Associação Lúcia Resende do bairro de Manoel Chéu, indignada, está organizando um manifesto em favor do regresso deste assassino desalmado para a prisão que o lugar dele. Agradeço primeiramente a Deus e as rádios e a imprensa escrita pela oportunidade e a todos que neste momento estejam me escutando, e mais uma vez muito emocionada peço o apoio de todos para que o povo continue manifestando indignação através da solidariedade junto a mim e toda a minha família.
Sandra Resende