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O senador José Sarney (PMDB-AP) assumirá a Presidência da República de segunda a quarta-feira da próxima semana. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará domingo para Washignton, para participar de conferência sobre segurança nuclear. Colocar Sarney na presidência do país é a única forma de não inviabilizar as candidaturas do vice-presidente, José Alencar, a deputado ou senador por Minas Gerais, e de Michel Temer (PMDB-SP) a vice na chapa da pré-candidata do PT à sucessão de Lula, Dilma Rousseff.
Para evitarem de assumir o lugar de Lula, o vice Alencar teve que arranjar uma viagem ao Uruguai. A agenda ainda está sendo montada por sua assessoria e deve incluir visita ao Parlamento uruguaio e ao presidente José Mujica. Temer também deixará o país, mas ainda não sabe para onde irá. Com Lula, Alencar e Temer fora, Sarney assume porque é o terceiro na linha sucessória e não é candidato a nada nas eleições deste ano. (http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u717564.shtml)
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Agora comigo: A situação é inusitada e histórica. Há 25 anos Sarney era presidente do Brasil e um dos seus mais ferrenhos opositores era... Lula. Pensar que Lula passará o Brasil novamente para o comando de Sarney é no mínimo, no mínimo... constrangedor.
Mas são novos tempos petistas em que agora se é governo, e foram feitas alianças com antigos desafetos. Outra coisa, pensar que ninguém quer assumir o cargo de Presidente da República, mesmo que seja por três dias, demonstra uma falha no sistema eleitoral brasileiro. Se houvesse um impedimento legal direto, tudo bem! Mas inventar viagem para não assumir o cargo por conta de uma eleição futura é sem nexo com o exercício da vida pública, quando se é eleito para cumprir uma obrigação dada pela própria Constituição Brasileira.
Parece as aulas de Direito Constitucional para identificar quem assume na ausência do presidente. Primeiro o vice, que não pode. Depois o presidente da Câmara dos Deputados, que não pode. Depois o do Senado, que enfim vai assumir. Mas se Sarney também fosse candidato lá no Amapá, você saberia dizer quem seria o próximo da fila?
