quarta-feira, 6 de outubro de 2010

As contas de Zé da Luz para chegar à Assembleia


Para poder antecipar a questão do novo quociente eleitoral dos votos válidos para a Assembleia Legislativa do estado caso o STF resolva autorizar as candidaturas que estão sub-judice devido a Lei Ficha Limpa, estivemos conversando com Audalio Filho nesta manhã de quarta-feira, e ele nos apontou alguns cálculos para esta nova situação, que embora difícil de acontecer, tem também suas possibilidades. Não se pode prever o julgamento dos juízes do tribunal depois do resultado de 5 a 5 antes da eleição.

Mas, trabalhando com a possibilidade da validação dessas candidaturas, o cálculo deveria ser refeito. Mas segundo Audálio não mudaria muita coisa. Fora os votos de Zé da Luz, os outros tiveram votações quase desprezíveis, de 5 mil votos abaixo. Quase todos tiveram problemas com as suas campanhas.

Zé da Luz teve mais de 28 mil votos, ficando na terceira colocação de seu Partido, o PHS. Para se eleger precisaria que o novo quociente criasse a terceira vaga.

De fato, como se anda comentando, tivemos vários candidatos com votações menores que Zé da Luz e que foram eleitos. No partido de Sivaldo teve um eleito com 20 mil votos. Mas também tivemos tantas outras candidaturas que passaram dos 30 mil votos, portanto mais que Zé da Luz, que não foram eleitos. É o caso de Augusto Cesar, atual deputado, que finalizou com 33.956. Zé Maurício, filho de Severino Cavalcanti, teve 33.644. Esmeraldo, também deputado, ficou na terceira suplência do chapão governista com 33.152 votos. Priscila Krause terminou na primeira suplência do Democratas com 32.675. No PSDB também tivemos gente com mais votos que Zé da Luz, Eduardo Porto teve 30.435 e Terezinha Nunes, deputada, está saindo da Assembleia pois teve apenas 29.994 votos.

O novo quociente eleitoral passaria a ser de 93.158, e mesmo com ele não seria possível criar a terceira vaga no PHS. Os cálculos apontariam para se criar mais uma vaga para o chapão, entrando aí o Augusto Cesar.

Acredito que Eduardo Campos deverá recompensar Zé da Luz pelos seus serviços nesta campanha e principalmente pelo apoio incondicional que ofereceu a Ana Arraes. Podendo, quem sabe, assumir um cargo no segundo escalão, principalmente porque é um engenheiro e parece ser bem quisto.

Mas, como eleito, somente deverá assumir como suplente se Eduardo convocar Adalberto Teixeira, ex-prefeito de Afrânio, ou Mary Gouveia, esposa do prefeito de Escada, Jandelson Gouveia, para algum cargo no governo, e claro, se eles aceitassem, o que é improvável.

É importante citar que em nenhuma situação há a possibilidade de entrada também de Sivaldo ou perda do mandato de Izaías Régis.

Para federal, a única alteração possível seria a entrada do ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, José Augusto Maia na vaga que seria ocupada por Paulo Rubem Santiago. O que considero uma perda drástica na representação pernambucana no Congresso Nacional.

Lembramos mais uma vez, que estas considerações partem de um pressuposto vinculante que seria a liberação em todo o país dos votos dados às candidaturas sub-judice devido a lei Ficha Limpa, pelo Supremo Tribunal Federal.
Somado a tudo isso, Zé da Luz ainda deverá ficar inelegível por oito anos. É claro que existem as instâncias jurídicas a serem buscadas, mas esta é a situação de momento.
Quero agradecer a Audálio e ao final dizer que estamos trabalhando o tema com a responsabilidade que o tema merece.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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