De acordo com a Constituição Federal Brasileira, em seu artigo nº 216, “Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”. O texto reflete a importância exercida por esses bens para a história do país e para as comunidades onde eles surgem.
Quando um monumento, uma pessoa ou uma atividade recebe o título, importantes ações são desenvolvidas para garantir sua valorização perante a sociedade e estimular a longevidade de suas contribuições para a população em geral. Os Patrimônios Vivos recebem do Goveno uma bolsa vitalícia e intransferível e, em troca, devem repassar seus conhecimentos às futuras gerações. Já os Patrimônios Materiais acabam sendo favorecidos na captação de recursos que garantam sua preservação e sustentabilidade. Os Patrimônios Imateriais, como o frevo, entram em definitivo para a memória da humanidade.
A programação do FIG 2011 reservou um espaço especial a esses fazeres populares existentes pelos quatro cantos do estado. Através de oficinas, palestras, atividades educativas e exposições, o evento busca estimular a consciência em torno do tema e a formação de novos agentes produtores de cultura.
OFICINAS - A Universidade de Pernambuco (UPE), por meio da Faculdade de Formação de Professores de Garanhuns (FFPG), promoveu a ampliação do debate em torno do tema a partir de algumas oficinas. Nas aulas de “Políticas públicas para a salvaguarda do patrimônio imaterial” os participantes tomaram conhecimento das últimas ações relacionadas à preservação dos patrimônios imateriais. Na oficina “Ler, compreender e preservar: Educação Patrimonial”, os estudantes aprenderam sobre os monumentos e personagens de alto valor histórico para o município; Em “Planejamento participativo e elaboração de projetos culturais” foram vistas todas as etapas necessárias para o desenvolvimento de atividades no segmento; Na oficina “Pequena História da Cultura Pernambucana", ministrada pelo professor e pesquisador especialista em História das Igrejas, Biu Vicente, a ênfase recaiu sobre a Mata Norte.
MEMÓRIA – Uma ideia bacana e diferente para preservação da memória foi inaugurada no FIG. Consiste em cabines equipadas com câmera, instaladas no Casarão dos Pontos de Cultura e no Parque Euclides Dourado. Com o tema “Pernambuco na Memória” o local recebe qualquer pessoa que queira dar um depoimento sobre sua vida, em dois minutos. A proposta, de acordo com a diretoria do FIG, é resgatar o pensamento popular sobre suas próprias lembranças, pessoais e do lugar que mora. O resultado irá compor um documentário.
ESPAÇO CULTURA – Localizado no centro do Parque Euclides Dourado, o Espaço Cultura funciona como uma mega vitrine do que há de melhor na produção do estado. “Aqui o visitante tem a chance de realizar um verdadeiro passeio pela cultura pernambucana nas linguagens do patrimônio material, imaterial e vivo, além de saber mais sobre nossa Gastronomia e os projetos do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura, o Funcultura”, pontua Roberto Carneiro, especialista em arqueologia e restauração de patrimônios culturais materiais e coordenador do local.
Mais de 700 pessoas compareceram no dia de abertura, domingo (17), comprovando o sucesso do empreendimento. Nesse espaço, o visitante pode interagir com uma parte do vasto acervo de produções de mídia obtidas com os recursos do Funcultura, projeto do Governo do Estado concebido para o fomento das mais recentes produções culturais. O cordel ocupa uma área especial, com livretos pendurados em uma árvore cenográfica gigante: um prato cheio para as crianças. Também há equipamentos de video e áudio, para quem quiser ouvir discos e assistir videos realizados com recursos do Funcultura.
. fonte:
http://www.fundarpe.pe.gov.br/