O sistema político eleitoral brasileiro tem sido desviado do seu caminho natural de juntar partidos que tenham afinidades para governar juntos. Na verdade o que existe hoje é a partilha do bolo.
O Brasil tem dezenas de ministérios, e ao se montar o governo, os partidos (com raras exceções) querem as pastas que tenham mais receitas a serem gastas, e isto para alimentar a fome interna dos próprios partidos.
A corrupção está institucionalizada. Se fizéssemos agora se você acha que existe corrupção em qualquer governo no país, em qualquer instância, creio que o resultado seria muito próximo da unanimidade.
O governo federal em pouco mais de seis meses de uma nova gestão tem mostrado os podres ao país. Ao menos estamos tomando conhecimento, coisas estão sendo apuradas e precisamos reconhecer que alguma coisa está acontecendo, como a luta incansável da Polícia Federal em desbaratar verdadeiras quadrilhas. Ministros caíram e as máfias estão sendo combatidas.
É preciso separar os partidos sérios dos que existem apenas pelo fisiologismo, mas as próprias legendas não tratam da reforma político-eleitoral de uma forma que regenere a nossa democracia representativa.
Tem coisas inexplicáveis como o investimento em campanhas eleitorais que o salário de quatro anos não cobre! Como pode um deputado gastar milhões para se eleger, ou até mesmo um candidato a vereador investir muito dinheiro se nos anos de mandato não tem como receber isto em salários.
A corrupção é o câncer da administração pública.
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