Zé da Luz quando entrou em Garanhuns foi dizendo aos quatro cantos que tinha o apoio incondicional do governador, que era o amigo-irmão do homem e que havia sido ele próprio, numa conversa em Lajedo, que tinha pedido para ele se candidatar em nossa cidade e que por isso faria de tudo para vê-lo eleito.
Exceto uma ou outra citação em algum discurso em que falou no ex-prefeito de Caetés, Eduardo Campos não apareceu por aqui nas campanhas de Zé, tanto para prefeito quanto para deputado. Um passeio segurando no braço do engenheiro teria mudado a história das duas eleições.
Trocando em miúdos. Eduardo Campos não apareceu.
Das duas uma, ou o governador esqueceu o que havia prometido para Zé se candidatar, ou o apoio foi uma estratégia política de Zé da Luz para tirar do páreo perante a opinião pública os demais candidatos da base aliada de Eduardo. Assim, entrou em Garanhuns atropelando todos. Deu certo, ele foi candidato, mas o neto de Arraes não deu o apoio necessário para sua eleição.
Tinha outros candidatos de partidos aliados, como o próprio prefeito Luiz Carlos.
Com Izaías é diferente. Mesmo sendo deputado da base de apoio do governo, Izaías não é homem da confiança de Eduardo Campos. É aliado, mas não é amigo, isto ele é de Armando Monteiro, que tem outros interesses, provavelmente diversos, de Eduardo na campanha de 2014, e por isso também atrapalharia o apoio chapa branca para o filho de Terezinha.
Pode acontecer de Zé ou Izaías receberem o apoio de Eduardo? Pode sim, mas está cada vez mais distante. Porém, ambos têm força para emplacar uma campanha sem este apoio.
O interessante é que os dois seriam os nomes mais fortes para ser o candidato oficial do palácio, e de tão inimigos políticos que foram nos últimos anos, acabaram na mesma situação.