Para entrar na corrida eleitoral do Recife, o Ministro Fernando Bezerra Coelho atirou críticas contundentes à administração do prefeito João da Costa, porém, diante da atual situação municipal, seria natural que existissem críticas mesmo por parte de várias agremiações políticas, mas não do PSB, que faz parte da cabeça da gestão.
O vice-prefeito é do PSB, e é bom lembrar que administrou a cidade no período do problema de saúde de João da Costa, e o que se espera de um vice, mais que propriamente participar da gestão, é sua fidelidade ao projeto. O vice neste caso, é mais que isso, Milton Coelho é o presidente estadual do partido do governador.
Por tudo isso, FBC não teria o direito de tecer críticas e expor publicamente a gestão, nem seu próprio partido, que participa, em tese, mais que simplesmente apoiando, o PSB faz parte da gestão de João da Costa.
Todos, ou quase todos, acreditam que FBC usou este artifício, de criticar a gestão municipal, para se colocar como bom administrador e ganhar crédito para entrar na campanha, mas esta decisão teria sido isolada? Coincidentemente foi o mesmo argumento utilizado por Milton Coelho para defender Antônio João Dourado em Garanhuns. Por isto, dá a entender que Milton Coelho participou, ou ao menos sabia, que Fernando Bezerra detonaria a administração de João da Costa, de quem tem o compromisso de ser leal.
Portanto, acredito, das duas uma, ou FBC foi bastante descortês com o presidente do partido, ou Milton Coelho deu uma rasteira em João da Costa. Como não reclamou com Fernando Bezerra...
Na verdade, o que aparenta é que tanto no Recife quanto em Garanhuns, a preocupação não é com a administração municipal, e sim com o próprio projeto partidário visando a continuidade do poder em 2014.
Para discutir situações como essas, inclusive Garanhuns, os presidentes dos três partidos da base aliada que visam a cadeira de govenador, PSB, PT e PTB, começam uma série de encontros, a partir de hoje, quando Pedro Eugênio se reúne com o senador Armando Monteiro.
Na pauta... tudo isso!
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