O Festival de Inverno de Garanhuns 2012 recebeu 1.383 propostas para compor a programação do evento, que este ano acontece entre os dias 12 e 21 de julho. O número, finalizado nesta quinta-feira (3/5), é a soma das inscrições feitas, presencialmente e pelos Correios, até a última sexta-feira (27/5). A quantidade recebida nesta convocatória supera, em 400 projetos, as inscrições do ano passado.
As propostas já foram encaminhadas para as Comissões de Análise de Mérito Artístico-Cultural, que têm até o dia 10 de maio para apreciar os projetos. Compostas por até cinco membros, de acordo com a quantidade de inscritos, as 14 comissões estão reunidas desde a segunda-feira (30/4).
Todas as linguagens (artes visuais, artesanato, audiovisual, circo, cultura popular, dança, design e moda, fotografia, literatura, música, ópera, patrimônio e teatro) contam, em suas comissões, com um representante indicado pelas comissões setoriais e até quatro representantes de notório saber nas áreas de abrangência do FIG, indicados pela Secult/Fundarpe. Eles analisam se os projetos estão enquadrados e correspondem aos critérios exigidos.
Entre as exigências, estão o resumo da proposta, o histórico da atividade, a equipe e o orçamento, mas as comissões devem relevar também os projetos inovadores e pioneiros, aqueles que serão lançados no FIG e proporcionarão intercâmbio com artistas locais. O perfil do público atingido e a coerência dos projetos com o perfil da programação também serão considerados.
Cada projeto será julgado e registrado em ata e ficha até que, no dia 10/5, as comissões entregam a análise para que os coordenadores e diretores da Secult/Fundarpe possam contatar os artistas, checar a disponibilidade de data e a adequação ao orçamento do festival. Só a partir daí será fechada a programação do FIG 2012.
Dentre as linguagens, música e cultura popular contaram com o maior número de inscritos: 767 e 257, respectivamente. Membro da comissão de música, o jornalista e crítico musical José Teles diz que os critérios foram bem definidos. “A presença tanto da Fundarpe quanto de fora dela dá maior credibilidade ao processo”, diz ele, que já participou de curadorias importantes, tais como do Prêmio Tim de Música, Feira Música Brasil e do Projeto Pixinguinha.
Já a comissão de Cultura Popular conta com pesquisadores, gestores públicos e brincantes. Para Guitinho da Xambá, membro da Comunidade Xambá, é essencial a participação dos brincantes nessas comissões. “Considerando essa bagagem da cultura popular, o festival dá um passo maior na pluralização e na democratização”.
Depois de entregues as análises das comissões, gestores do FIG vão compor a programação entre os das 13 e 24 de maio. A previsão é que a grade completa seja divulgada no dia 11 de junho. “O processo foi iniciado com bastante antecedência. Este ano a programação será fechada com um mês de antecipação”, afirma Beto Silva, secretário executivo da Secult/PE.
