Declarada constitucional pelo STF, o sistema de cotas para afrodescendentes, busca corrigir um deficit histórico do Brasil com a raça negra, sempre marginalizada no acesso ao ensino de qualidade, mercado de trabalho, etc. Uma questão de oportunidades que beneficiou a população branca ao longo da história, assim, os negros sempre ficaram à mercê da própria sorte. Não tendo, geralmente, condição social econômica para frequentar os melhores colégios, foram ficando com os subempregos, resquícios ainda de uma sociedade preconceituosa que ainda respira os ares da casa grande e da senzala.
Para corrigir este problema, e ampliar a quantidade de afrodescendentes no mercado de trabalho qualificado, o governo criou a política pública de cotas, ofertando mais vagas nas Universidades Públicas aqueles que se apresentarem como negros.
Porém, a priori, esta correção cria outras situações de exclusão social. Por exemplo, o estudante branco pobre perderá a vaga para o negro rico, é como se criasse uma outra discriminação. Se a intenção era nivelar as oportunidades, elas poderiam ter gerado um debate maior e mais amplo. Sem contar que ainda passa a visão preconceituosa que o negro precisa disto para ingressar na universidade.
A instituição de nível superior, acredito, deveria igualar as condições de todos que se submetem ao vestibular. Cabe portanto aos governos, melhorar a qualidade de ensino público, e oferecer reforço pré-vestibular, se for este o caso, mas não facilitar para um ou outro ter acesso ao que deveria ter tratamento isonômico.
Neste sentido o programa Universidade para Todos acaba sendo mais justo, pois analisa os casos em que os estudantes serão beneficiados com bolsas, particularmente, mas depois de terem participado do processo avaliativo igual a todo mundo.
Neste sentido o programa Universidade para Todos acaba sendo mais justo, pois analisa os casos em que os estudantes serão beneficiados com bolsas, particularmente, mas depois de terem participado do processo avaliativo igual a todo mundo.
Esta questão está clara na própria desaprovação da população a este regime de cotas. Perguntamos aqui no blog:
Você é a favor da cota para negros nas universidades?
Sim 199 (29%)
Não 484 (70%)
Total de votos: 683
Vejam bem, foram quase 700 votos, e 70%, uma maioria esmagadora, que não concorda com esta proteção, mesmo com grande característica social e de alcance histórico.
Pois é!