O secretário de Cultura de Pernambuco, Fernando Duarte costuma reforçar que o Festival de Inverno de Garunhuns (FIG) não é apenas um evento musical, mas multicultural, aberto a outras artes e atividades. Este ano a literatura ganhou atenção especial com a criação da Praça da Palavra, espaço dedicado a recitais, bate-papos, palestras, lançamentos, contação de histórias infantis e intervenções artísticas.
Na Praça Souto Filho foi armada a estrutura coberta que abriga café, auditório e estandes. Por estar montada em local de ótima circulação, tem sido bem prestigiada por um público de todas as idades. "“Estou achando maravilhoso e surpreso com o próprio interesse da população da cidade. Minhas vendas estão acima do que eu havia dimensionado”", festeja o livreiro Luiz Carlos Andrade, 57, que armou sua loja de livros novos, raros e usados.
O coordenador de literatura da secretaria de Cultura do Estado, Wellington de Melo, afirma que esse maior cuidado com a arte das palavras vem desde o ano passado, quando a literatura começou a ganhar mais projeção no Festival de Inverno. “"Queríamos firmar esse espaço por conta da pujança da produção em Pernambuco e mesmo em Garanhuns”, reforça. “É bastante importante ter esses microespaços. Ou seja, lugares voltados para encontros mais diretos e relaxados, onde se possa sentar, tomar um café, sem a agitação dos shows”", explica Wellington.
Entre os destaques musicais da terça-feira, que se apresentaram nos palcos Guadalajara e Pop, Hebert Lucena – que pôs muita gente para dançar o coco –, Maciel Salu, Junio Barreto, Caçapa, Tiê e o trio Renato Teixeira, Xangai e Maciel Melo, além de Lula Queiroga, que se instigou tanto que tropeçou e acabou caindo no palco. Felizmente, nada sofreu e continuou a cantar.
