segunda-feira, 2 de julho de 2012

Quando a questão pessoal é maior que a política


Debatem-se os partidos, as convergências e divergências, aproximações e coligações, porém tem situações que vão além dos acordos partidários, pois são questões pessoas como amizades ou mágoas do passado que sempre acabam por nortear o presente.

Três situações nesta atual conjuntura político-eleitoral.

O jornalista Roberto Almeida acaba de divulgar que o ex-prefeito Ivo Amaral vai ficar mesmo com Zé da Luz, indo de encontro à decisão partidária (PMDB) que fechou com Izaías. Conta para esta decisão de cunho pessoal de Seu Ivo, uma mágoa com o também ex-prefeito Bartolomeu Quidute.

Outra situação marcada pela questão pessoal é o apoio histórico do vereador Sivaldo Albino a Silvino Duarte. Mesmo com seu nome colocado no processo eleitoral, Sivaldo desde o início declarou que retiraria sua pré-candidatura caso Silvino fosse candidato, mesmo tendo o apoio do atual prefeito, a quem fez oposição nos últimos anos. Porém, Sivaldo imaginava que seria peça fundamental na campanha, e o que se viu foi o seu isolamento, chegando ao ponto de não participar nem da convenção. Segundo consta, não foi consultado, isto o teria deixado à vontade para tomar outro posicionamento.

E a terceira situação abordada é a do PSB com Antônio João. Parece que o fato de Zé da Luz ter lhe negado apoio no encontro de Lajedo foi decisivo na reta final. Antônio João, ao chegar à decisão de retirar a candidatura, tinha três opções: A primeira e natural seria Zé da Luz, pela ligação com o governador, e até uma esta preferência do Palácio teria chegado em Garanhuns. Mas Antônio João e seu grupo não teria aceitado, e suas considerações foram aceitas pela executiva estadual. Houve a possibilidade de se unir a Silvino Duarte, e ter até o vice, que não seria mais o ex-prefeito de Lajedo. Um nome trabalhado poderia ser do gestor da GRE, Paulo Lins. Porém, a conversação não teve seguimento. O prefeito não abriria mão da vice, e uma união com Silvino, não era bem vista por todos os socialistas, inclusive da capital, que ainda guardam mágoas da época de Arraes.
A terceira alternativa foi mesmo Izaías Régis, que recebeu até o pedido de ceder a vaga de vice, que poderia ser Gersinho Filho. Mas o deputado, que já havia feito o acordo com o PT e Rosa Quidute, ratificou a união e a chapa fechada, assim mesmo o PSB resolveu ficar na composição com o PTB.

Muitos apoios que os candidatos têm são mais que políticos, são de amigos mesmo. Portanto, além dos partidos políticos, vê-se que a amizade (ou as mágoas) ainda são preponderantes no fechamento das coligações eleitorais.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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