Fiquei intrigado com um feirão de pisos de cerâmica feita pela maior loja comercial de Garanhuns, em pleno centro da cidade utilizando quase todo o espaço do Largo do Colunata. Acho que aconteceu durante 15 dias.
Ressalte-se logo que a loja em questão tem a maior área de espaço interno do centro da cidade, portanto não seria por falta de local que deixaria de fazer sua exposição e venda promocional. Ainda tem um estacionamento que cabe dezenas e dezenas de automóveis. Some-se a isto um terreno que serve de estacionamento ao lado da Prefeitura, enorme. Tem também outros prédios espalhados pela cidade, alguns deles vivem fechados. Porém, foi para o meio da rua, ou melhor, da praça, para comercializar seus produtos. Usando como particular o que é público.
Entendo que a praça é de todos, e como tal deve ser utilizada a favor do bem comum, sem interesse comercial, e se o for, que tenha uma explicação lógica, uma exposição de uma mercadoria que tenha interesse público, por exemplo. Mas que na verdade seja local de campanhas sociais.
Outro dia teve uma exposição de veículos de uma certa marca que não tem em Garanhuns, prejudicando os comerciantes estabelecidos do ramo. Ora, quer mostrar seus veículos que o faça em eventos ou em espaços particulares, mas se estabelecer na melhor praça com grande fluxo do centro da cidade, acho que é desnecessário, e cria um costume que pode ser pedido o mesmo direito também por todos.
Pensemos se todos os pequenos comerciantes do centro da cidade, ou melhor, de toda a cidade, fossem pedir também para utilizar o Colunata para fazer o que a mega loja fez, o que seria daquele espaço público?
Não vi sentido um anexo à loja, de frente a ela, com a mercadoria que poderia estar dentro do seu prédio, tranquilamente. Lembremos do que foi feito com os comerciantes que colocavam seus produtos na sua própria calçada, e comparemos com este pequeno absurdo de oferecer a praça no centro da cidade para a criação, mesmo que por pouco tempo, de uma loja comercial de grande porte.
