Conversando com um amigo, ex-secretário municipal, fizemos algumas observações sobre o futuro governo de Garanhuns, aliás, percebe-se que a cidade não precisa de um novo governo, pois eles vêm de qualquer forma, sucedendo-se. Precisamos é de um novo modelo de gestão, que seja baseado na competência, objetivos, metas, capacidade gestora do prefeito e seus auxiliares (secretários e demais funcionários), projetos e busca de investimentos.
A relação com a Câmara de Vereadores também tem que mudar, precisamos de uma representatividade que de fato auxilie a cidade, fiscalizando de verdade o executivo e criando projetos que destravem o município, que avance em conquistas sociais e econômicas. "Não podemos ficar a mercê de uma câmara assistencialista, apêndice da prefeitura e que não atende o conjunto da sociedade".
Mas, principalmente precisamos de um novo modelo de gestão. Que não tenhamos funcionários públicos e contratados somente pelo apadrinhamento, mas que todos tenham competência para seus cargos, a cidade precisa andar, ou melhor correr, e o futuro prefeito tem esta responsabilidade de ter uma equipe gestora à altura do desafio, motivando os funcionários públicos a agilizarem a cidade. "Garanhuns tem um excelente corpo de funcionários, que querem dar o máximo pela cidade, mas precisam das condições necessárias e não serem confundidos com aqueles que entram no cargo público simplesmente pela dívida de campanha com aliados políticos".
Precisamos de um novo modelo de gestão, vejamos o que Eduardo Campos fez com Pernambuco e Lula com o Brasil. O ex-presidente foi muito político, mas para os cargos vitais de seu governo chamou técnicos, Guido Mantega na fazenda, Haddad na Educação, Gilberto Gil na Cultura, etc. Aos poucos foi tirando os políticos de carterinha dos ministérios. E Dilma prosseguiu com esta visão empreendedora. O político tem que estar capacitado para assumir uma pasta, caso contrário, o ministério acaba favorecendo determinados grupos políticos por interesses eleitorais.
Eduardo fez a mesma coisa. Seu secretariado não é político, é formado por técnicos competentes em cada setor, que precisam dar conta das exigentes metas do governador, em reuniões sistemáticas, cobrados como se estivessem na iniciativa privada. Por não serem políticos, não têm vínculos com eleitorado devido promessas de campanha nem precisam atender favores de seus pares. A política fica com o próprio Eduardo, que montou seu grupo e caminha com os mais próximos já há longos anos, portanto da estrita confiança.
Portanto, Garanhuns não precisa de um novo governo, precisa de um novo modelo de gestão.